A Grande Londrina venceu a licitação e ganhou o direito de explorar, por mais 15 anos, o lote um do transporte coletivo na cidade. A empresa foi a única credenciada para disputar o certame da área – que abrange as linhas que atendem a Zona Norte, Oeste e Leste, além de distritos. A análise dos documentos apresentados pela TCGL foi finalizada ainda na tarde desta segunda-feira (21) pela Comissão de Licitação da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Com o novo contrato, a tarifa deve ser fixada em R$ 4,30.
O novo contrato tem previsão financeira de R$ 1,5 bilhão ao longo dos 15 anos de concessão. Deste valor é que será retirado o lucro da empresa, de acordo com a assessoria da CMTU. A Londrisul, por sua vez, deve ficar responsável pelo lote dois, que compreende a Zona Sul, parte da Zona Oeste e distritos da região. A abertura dos envelopes aconteceu às 9h.
BATALHA JUDICIAL
O processo licitatório termina depois de muita briga. A Grande Londrina embargou na justiça a primeira licitação, ainda em 2018, e informou que discordava do modelo proposto. A empresa ainda anunciou que fecharia as portas e que demitira os mais de 1,2 mil funcionários. Nesse procedimento cobradores da TCGL foram desligados, e uma greve de protesto foi deflagrada.
No atual contrato, a Grande Londrina atende 82% das linhas. Esse número deve reduzir para 66% das linhas no novo contrato, enquanto a Londrisul que era responsável por 18% passa a assumir 35% do perímetro. Diante da assinatura do contrato, a previsão é que ele comece a ser cumprido pelas empresas até o fim do ano já com as mudanças propostas.
Segundo o presidente da CMTU, Marcelo Cortez, os ônibus devem ter outras modalidades de pagamento – como por cartão de débito e crédito – além de agregar novas tecnologias que permitem o controle de qualidade do serviço. Um sistema será instalado nos ônibus para monitorar os trajetos e problemas a serem resolvidos.
RAIZ NA CIDADE
Em nota, a Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) informou que “já tem uma raiz na cidade” e conhece o modelo de prestação de serviços com qualidade na área do transporte. A empresa salientou que conta com “infraestrutura organizada e corpo técnico-administrativo de comprovada experiência”. Ainda na nota, a TCGL disse que acredita no potencial de Londrina – bem como no respeito do Município e o Órgão Gestor terão com o cumprimento do contrato e que por isso, decidiu participar do certame.
