A Grande Londrina, uma das operadoras do transporte coletivo na cidade, pediu que a prefeitura pague a ela R$ 4,6 milhões por prejuízos acumulados no período da pandemia de Covid-19. A empresa alega que houve queda brusca de passageiros após os decretos da prefeitura determinando o fechamento do comércio não essencial.
Em abril, a cidade permitiu a retomada das atividades econômicas, mas instituiu medidas preventivas que deveriam ser seguidas. Londrina tem até agora 297 casos de coronavírus; 132 se recuperaram e 20 morreram em razão da doença.
A TCGL diz que as medidas preventivas, incluindo os decretos suspendendo o comércio, gerou dificuldades financeiras para o pagamento de salários de funcionários e outros custos necessários para manter as atividades da empresa. O grupo que controla a TCGL também é dono da GOL Linhas Aéreas, e das empresas que operam o transporte coletivo em Apucarana e em Maringá.
Recentemente, a TCCC, de Maringá, ganhou na justiça o direito a indenização da prefeitura. O mesmo caminha para acontecer em Londrina, uma vez que a TCGL considera que, se não houver nenhum retorno do município, deve ingressar com ação.
A empresa diz que está operando no limite de caixa, e disse ainda que mesmo com a queda “abrupta, imprevisível e inesperada de passageiros”, teve que manter o número de veículos circulando.
O QUE DIZ A CMTU
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização, responsável pela gestão dos contratos do transporte coletivo na cidade, disse por nota que não analisou o pedido da Grande Londrina, mas frisou que neste, como em qualquer outro contrato mantido pelo poder público, o desequilíbrio econômico deve ser provado pelo prestador de serviço.
A CMTU encerra dizendo que desde o início da pandemia está buscando intervir na demanda do dia a dia do transporte, com o objetivo de manter o equilíbrio do sistema.