LONDRINA – Cerca de 120 trabalhadores do transporte coletivo de Londrina se reuniram por volta das 19h desta segunda-feira (17) para a terceira e última assembléia antes da decisão da deflagração da greve da categoria. Segundo o Sinttrol, sindicato que representa motoristas e cobradores, foram três assembléias durante o dia, em horários alternados por causa da escala dos trabalhadores.
João Batista Silva, presidente do sindicato, disse que as assembleias aceitaram a proposta de reajuste de 4% do salário pela Grande Londrina, mas uma das cláusulas do acordo proposto pela empresa prevê o fim da estabilidade dos cobradores, e garante os salários por um mês.
Isso acontece por causa do anúncio da TCGL de encerrar as operações na cidade, por estar em desacordo com o edital de licitação lançado pela prefeitura, que escolherá as novas concessionárias do transporte coletivo municipal. A diretoria da TCGL disse que não iria participar, pois a licitação não era vantajosa financeiramente para a empresa.
Em 2017, um acordo entre os funcionários e a empresa garantiu a estabilidade salarial por três anos. Mas o anúncio do encerramento em 2019 pode mudar os termos. Ainda de acordo com João Batista, os trabalhadores querem que os salários sejam mantidos aos trabalhadores durante o tempo acordado, mesmo com o fechamento da Grande Londrina.
Sobre os 4% de aumento, o líder sindical salienta que a TCGL quer fazer o pagamento a título de indenização. O que os trabalhadores reivindicam é que a porcentagem seja incorporada ao holerite, mesmo que em fevereiro.
ESTADO DE GREVE
Os trabalhadores seguem em estado de greve, mas a paralisação total continua suspensa enquanto as negociações prosseguirem. Uma liminar da Justiça determina que 70% da frota seja mantida em circulação; o sindicato entendeu que a decisão é proibitiva e por isso, pelo menos por hora, os ônibus não devem deixar totalmente de circularem.