Vereadores explicam mudança de voto sobre projeto que revogaria aumento do IPTU

Por Derick Fernandes Deixe um comentário 3 min de leitura
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LONDRINA – A polêmica questão da possibilidade de revogação do aumento do IPTU teve um desfecho na tarde da última quinta-feira (29), após votação na Câmara Municipal de Londrina. 11 vereadores votaram a favor do Projeto de Lei 112/2008, enquanto outros 8 deram seu parecer contrário, culminando na reprovação e arquivamento do mesmo por falta de maioria qualificada – eram necessários ao menos 13 votos favoráveis para que a matéria fosse aprovada.

Mais surpreendente, porém, do que o parecer final da Câmara sobre o assunto, foi a mudança de voto por parte de alguns vereadores, que haviam se posicionado a favor do projeto em primeira discussão, mas, no segundo turno, mudaram de ideia.

Em entrevista à Rádio Paiquerê na manhã desta sexta-feira (30), o presidente da CML, Aílton Nantes (PP), explicou o porquê de ter “trocado de lado”. Segundo ele, este novo parecer não se baseou somente no fechamento de seu partido em relação aos votos, mas sobretudo em suas convicções políticas pessoais a respeito do tema – as quais permanecem inalteradas.

“Na primeira discussão, quando votei ‘sim’ ao projeto, expliquei posteriormente que estava dando uma oportunidade para que fosse apresentado algum substitutivo ou emenda que nos permitisse avaliar [o tema] com profundidade. Sempre deixei claro que, caso a matéria voltasse sem emenda, o meu voto seria ‘não’ “, alegou.

João Martins (PSL) deu uma justificativa similar. “Na primeira discussão, votamos a favor porque pretendíamos fazer uma emenda no projeto 112 – mas esta não prosperou, porque a população não a quis e porque o jurídico da casa considerou que não caberia a emenda. Não houve mudança de parecer”, garantiu.

Já Daniele Zobier, da mesma sigla de Nantes, foi pelo caminho inverso: ela atribuiu sua escolha em segundo turno diretamente à orientação do Partido Progressista. “Ainda temos a esperança de uma possível emenda ou sugestão [de alteração no texto do PL] – mas, da forma como foi apresentado, o partido realmente fechou a questão”, explicou a vereadora, desconversando se teria votado de forma diferente caso a orientação do PP não a tivesse influenciado.

Guilherme Belinati (PP) foi um caso à parte: ele votou ontem pela aprovação do projeto, contrariando a posição de seu partido e mesmo sua própria avaliação do caso em primeira discussão, quando havia apoiado o arquivamento do projeto. O jovem vereador atribuiu a mudança de parecer em segundo turno aos apelos da própria população.

“Grande parte da população, de todas as regiões [da cidade] e de todos os níveis sociais, me procurou pedindo que eu votasse a favor desse projeto nessa segunda votação. Como fomos eleitos por eles [cidadãos] para representar a vontade deles, eu decidi mudar meu voto. O partido também tem que fazer a vontade da população”, defendeu.

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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