Evolução urbana de Londrina: O que perdemos no caminho?

Explorando o passado nostálgico e os desafios do presente: a ausência das bancas e quiosques que marcaram a essência do centro de Londrina.

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes Deixe um comentário 4 min de leitura
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Imagine caminhar pelas movimentadas ruas de uma cidade cheia de vida, onde cada esquina é um convite para um novo encontro, uma descoberta cultural ou um momento de pausa em um café aconchegante. Essa era a Londrina que muitos de nós conhecemos e amamos. 

Porém, nos últimos tempos, nossa cidade tem sido afetada por leis arcaicas e ideias provincianas, pouco inovadoras, sem criatividade e, convenhamos, caretas.

Em tempos passados, as bancas de jornais e revistas eram verdadeiros tesouros em cada esquina, proporcionando o acesso rápido às informações e ao entretenimento que tanto buscávamos. Os quiosques do calçadão, repletos de vida e cor, eram pontos de encontro para conversas animadas e momentos compartilhados entre amigos e familiares.

Os relógios urbanos, além de nos orientar sobre o tempo, pareciam guardar um pouco da história da cidade, marcando seu ritmo e o de seus habitantes.

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Centro de outrora: quiosques eram ponto de encontro dos londrinenses

No entanto, a modernidade trouxe consigo um processo de transformação acelerado. A Lei Cidade Limpa, que visava a ordenação do espaço urbano, acabou por eliminar esses símbolos tão marcantes, relegando-os à memória coletiva. O cenário atual, por vezes sombrio e apressado, traz à tona uma inquietação sobre o rumo que nossa cidade está tomando.

Mas, em meio a esse cenário de desafios, encontramos oportunidades para repensar o futuro urbano de Londrina. A modernização não precisa significar a perda da identidade, pelo contrário, pode ser a oportunidade de unir o passado e o presente de forma harmoniosa.

É possível reviver a beleza das bancas de jornais e revistas, adaptando-as ao contexto atual, criando espaços de convivência e conexão.

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Calçadão de Londrina na década de 70. Projeto de Jaime Lerner.

Essa falta de modernização e o pensamento pautado pelo retrocesso não só afeta nossa qualidade de vida, mas também prejudica a vitalidade econômica da cidade.

O comércio e a cultura foram afetados, resultando em um centro deserto e uma sensação de abandono que se espalha por cada esquina, principalmente a noite.

Os quiosques do calçadão podem renascer, com uma proposta moderna e inovadora, oferecendo aos londrinenses e visitantes ambientes acolhedores e convidativos.

E os relógios de rua, por que não resgatar o encanto do passado e incorporar a eles novas tecnologias, os transformando em verdadeiras peças de arte e informação?

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Nossa cidade é uma tela em branco, esperando ser pintada com as cores da modernidade e da preservação de sua essência.

Cabe aos cidadãos de Londrina, erguer a voz e exigir uma cidade mais alegre, vibrante e conectada. Uma cidade que celebre sua história e tradição, mas que também abrace a modernidade, com olhos voltados para um amanhã promissor.

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Jornalista
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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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