O Governador Ratinho Junior (PSD) anunciou nesta sexta-feira (05) a ampliação do decreto de lockdown no Paraná por mais três dias a partir de domingo (07). As medidas impedem a abertura de comércio não-essencial, bares, restaurantes e lanchonetes, e são válidas até a próxima quarta-feira (10).
Durante coletiva de imprensa no Palácio Iguaçu nesta tarde, Ratinho Junior disse que tomou a decisão para que o estado tivesse mais três dias de isolamento, numa tentativa de amenizar os efeitos da pandemia, que superlota os hospitais da rede pública do estado em quase 100% de ocupação dos leitos de UTI.
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Apesar disso, a parque de quarta-feira, o Governo prometeu flexibilizar o decreto e permitir a reabertura do comércio, e também a volta às aulas – segundo Ratinho, respeitando medidas de distanciamento. As escolas serão limitadas a 30% dos alunos por turma e serão os pais que vão decidir ou não se os filhos devem ir presencialmente assistir as aulas.
Na justificativa, Ratinho declarou que o retorno das aulas é prioridade, e sobre a flexibilização do comércio, ele relatou que o Governo conhece a dificuldade do empresário que está com as portas fechadas. “É muito duro aguentar todos esses dias fechados, por isso a reabertura do comércio”, disse.
FALTA DE LEITOS
Com o sistema superlotado, o Paraná já não tem mais capacidade técnica e nem recursos humanos para abrir novos leitos de UTI. Segundo o Secretário de Saúde Beto Preto, nesta sexta-feira o Paraná tinha mais de 880 pessoas esperando por leitos intensivos em todo o estado.
“Não adianta falar que vamos abrir mais dois mil leitos porque não vamos. Não temos mais capacidade operacional e nem recursos humanos pra isso. O Paraná não tem mais médicos e enfermeiros para abrirmos novos leitos de UTI”, concluiu.
Ainda conforme Beto Preto, o lockdown surtiu pouco efeito no estado, com índice de isolamento entre 33 e 35%, quando o ideal era que ficasse em 60%. “Não adianta decreto se não houver consciência das pessoas. Muitos que não tem essa consciência é que não foram atingidos ainda pela pandemia, ou perderam alguém próximo”
Além de Curitiba, quatro grandes cidades do Paraná tem superlotação de leitos – Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. O sistema também está perto do limite em Ponta Grossa, Paranaguá, Cianorte e no Norte Pioneiro.
