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Em Cascavel, Pazuello diz que cidade vive uma das piores situações do país na pandemia

Derick Fernandes - Jornalista
Foto: Divulgação / Prefeitura de Cascavel

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello esteve em Cascavel, no Oeste do Paraná, na tarde desta quinta-feira (04) para acompanhar de perto o caos vivido pelo sistema de saúde da cidade. A comitiva acompanhando o ministro chegou às 14h no aeroporto, onde foi recebida pelo prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) e pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

Paranhos levou Pazuello até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília e ao Centro de Vacinação da Covid-19. A comitiva também visitou a obra do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop). Na ocasião, o ministro viu as dificuldades enfrentadas para atender pacientes com Covid-19.

Pazuello defendeu ‘atendimento primário’ para que não houvesse sobrecarga sobre os leitos de média e alta complexidade. O ministro, no entanto, não especificou detalhes de que tipo de serviço seria esse.

Se não tivermos essa carreira no atendimento primário, é um atendimento imediato ao cidadão, nós vamos encher um atendimento especializado, encher os leitos e aí a estrutura fica muito impactada. E por fim, nós precisamos aumentar a capacidade de ofertas de leitos, leitos clínicos, leitos de UTI, e é isso que o estado está fazendo“, disse.

O ministro está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por sua conduta, para apurar se ele cometeu improbidade administrativa em relação às ações de combate à Covid-19. Na investigação, o MP apura sobre os recursos utilizados na produção, compra e distribuição de cloroquina para atender o Ministério da Saúde como “tratamento precoce” da doença – algo que foi descartado por estudos científicos como sendo eficaz contra o coronavírus.

Em sua visita à UPA Brasília, Pazuello disse que apenas “o médico, somente ele, passa o diagnóstico e define que medicamentos serão usados para tratá-lo“.

O ministro afirmou que o Paraná é o estado com uma das melhores estruturas para combate à Covid-19, e Cascavel tem como se reerguer na pandemia, com apoio dos governos estadual e federal.

CAOS NA SAÚDE

Eduardo Pazuello também afirmou que Cascavel tem um dos piores quadros da pandemia no Brasil, junto com Chapecó (SC). “Onde está o maior problema hoje do país são essas duas cidades, Cascavel e Chapecó, estou aqui com a possibilidade de sentar com os gestores, mas principalmente, de apoiar, de dar a mão amiga, a todos que estão nesse momento passando por essa dificuldade”, afirmou.

O ministro vai passar a noite em Cascavel e segue para Chapecó na manhã de sexta-feira (05).

Beto Preto, que acompanhou a visita de Pazuello ao Paraná, aproveitou para entregar um ofício do governador Carlos Massa Ratinho Junior, pedindo mais respiradores e medicamentos ao estado.

Conforme o secretário, o Ministério da Saúde precisa apoiar o Paraná diante das filas de pacientes à espera de leitos de UTI, índice que aumenta todos os dias. Somente na macrorregião Oeste, cujo a maior cidade é Cascavel, a lotação dos leitos chegou a 98%, disse Beto Preto.

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