A pedido do Ministério Público do Paraná, a Justiça determinou liminarmente na quarta-feira (19) o bloqueio de R$ 6.437.459,47 em bens de 35 réus. Entre eles, estão Roberto da Silva (PSDB, prefeito de Iporã – atualmente afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná -, o ex-secretário municipal de Compras e Licitações, empresários e empresas, todos investigados a partir da Operação Cleptocracia.
Deflagrada em outubro do ano passado pelo núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Iporã, a operação apurou a existência de uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de fraude em licitações, corrupção passiva, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, liderada pelo prefeito de Iporã e integrada por agentes públicos e parentes do gestor.
A diversidade de crimes praticados pelos réus originou diversos processos. A ação que gerou a decisão de bloqueio de bens diz respeito a fraudes em pregão presencial destinado à construção de um abatedouro de frangos para o município. As investigações apontaram que o procedimento licitatório, embora homologado, nem sequer existiu.