MP investiga fantasma da presidência da Câmara de Cascavel

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24Horas Fundo

DIÁRIO 24H
CASCAVEL

A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Paraná por meio da Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público de Cascavel instaurou inquérito civil para investigar a ex-servidora da Câmara dos Vereadores de Cascavel, Daiane de Jesus Patene, flagrada como funcionária fantasma do poder legislativo. Daiane exercia um cargo de confiança ligado diretamente a Presidência da Casa. De acordo com a portaria 266/2017 Daiane foi nomeada para exercer o cargo de assessora para assuntos comunitários com salário de R$ 2.966,93 (dois mil, novecentos e sessenta e seis reais e noventa e três centavos), lotada no Gabinete da Presidência, a partir de 03 de julho de 2017. A portaria foi assinada por Aldino Gugu Bueno no dia 03 de julho deste ano. 

O objetivo da investigação do MP é apurar eventual ato de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito praticado pela ex-servidora municipa, consistente no ato de receber salários da Câmara Municipal sem trabalhar, previsto no artigo 9º da Lei de Improbidade Administrativa, no período em que foi nomeada.

A ex-servidora foi flagrada burlando o sistema de cartão-ponto. Ela registrava presença e voltava para casa como rotina. Imagens do circuito de segurança da Câmara mostram o momento em que ela entra e sai de um estabelecimento comercial, em horário de trabalho, e vai para casa em seguida, como mostra outra imagem captada pelas câmeras do condomínio em que mora. Ao final da tarde ela volta para o trabalho e bate a saída. Quando o escândalo veio a tona, a servidora foi demitida e a presidência da Câmara emitiu uma nota falando em tolerância zero, no entanto, não explicou a falta de fiscalização.

Quando Daiane foi denunciada pelos vereadores Hallberg e Madril, no mês de setembro, houve uma tentativa de amenizar a situação para o presidente Gugu Bueno e tentando colocar a culpa no vereador Damasceno, que teria indicado a servidora. A indicação não isenta a responsabilidade do presidente, pois a servidora trabalhava ou deveria trabalhar em um cargo de Gugu Bueno, mas na prática ficou quase dois meses recebendo dinheiro público sem trabalhar. A reportagem do Diário 24H não conseguiu contato com Gugu Bueno no final de semana, mas nesta segunda-feira vai tentar ouvir a presidência sobre o fato

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