Em uma luta dolorosa contra um Tumor de Askin, um tipo de câncer muito agressivo, o ex-apresentador da TV Tarobá Diogo Hutt, fez um desabafo em dez minutos de áudio, para explicar a situação de uma abordagem conduzida pela Polícia Rodoviária Federal na PR-445, em Londrina, após suspeita de que ele estaria se passando por um agente.
Nesta segunda-feira (21) viralizou em grupos de WhatsApp a notícia de que Diogo Hutt supostamente havia sido detido por estar em uma ‘blitz’ falsa com a participação de uma policial militar, que também teria sido detida. O episódio, que foi noticiado por alguns meios locais, porém, teria sido um grande equívoco e não foi bem assim.
O jornalista e a policial militar estavam na lateral da PR-445 e ajudavam uma mulher, que teve problemas mecânicos em sua moto. Uma equipe descaracterizada da PRF que retornava de Mauá da Serra notou a presença deles, e resolveu parar para apoiá-los, acreditando que eles seriam parte da corporação.
Diogo Hutt explicou que no momento da abordagem usava uma roupa com as cores parecidas com o fardamento da PRF. Mas não havia nenhum identificador que pudesse caracterizar uma tentativa de falsificação, como por exemplo, o símbolo da corporação.
Eu sempre uso essas roupas por uma explicação muito simples. Como faço uma quimioterapia agressiva, é ordem médica que entre 10h e 16h eu não fique exposto ao sol, pois o tratamento deixa a pele muito sensível. Então a roupa que eu usava tinha essa finalidade, e quem me acompanha sempre vai ver que estou usando essas vestes”
Diogo Hutt
Ele também defendeu a policial militar que o acompanhava. Explicou que ela, além de não usar farda, estava junto com ele para ajudá-lo. “Depois de um dia inteiro de trabalho, ela me ajuda, porque também é técnica em enfermagem. Ela se colocou a disposição para me levar até Curitiba para exames, eu não posso dirigir. Fez de coração, sem me cobrar nada”, declarou.
O jornalista lamentou comentários que o julgavam pela situação descrita inicialmente. Ele negou que tenha sido preso, e disse que após a verificação da PRF eles foram liberados. “Claro, a polícia militar, que tem seus métodos, tem toda a razão em investigar. E eu não estou reclamando que apurem, é o papel da polícia, mas me deixa triste ver os comentários que fizeram sobre mim”.
Ouça o áudio:
A reportagem confirmou com a PRF que não houve prisão, mas apenas um procedimento para apurar a conduta dos envolvidos, diante das suspeitas. Também não houve representação contra o jornalista e a policial, não havendo assim vítimas da suposta atitude.
Câncer agressivo
Diogo Hutt há vários meses enfrenta um tratamento agressivo e com poucas chances de sobrevivência contra um Tumor de Askin. Ele também teve uma metástase, que é quando células cancerígenas se espalham pelo corpo e afetam órgãos saudáveis.
Pelas redes sociais, o jornalista mostra a rotina de quimioterapia, além de interagir com seguidores em mensagens de reflexão e transmissões. Nesta segunda, Hutt conversou com os fãs e lamentou estar enfrentando a doença.
“Eu me pergunto porque estou vivendo isso. Estava na melhor fase da minha vida, e me pergunto isso todos os dias”, desabafou.
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