Um homem de 61 anos ficou por dois meses preso por engano na Casa de Custódia de Londrina (CCL), depois de ser confundido pela Polícia Militar com o irmão dele, que tem um mandado de prisão em aberto.
Ele foi solto nesta sexta-feira (02) por determinação do juiz Katsujo Nakadamori, da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios de Londrina. O pedido de liberdade foi feito pela Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR).
Conforme a defensora pública Francine Borsato Amorese relatou à RPC TV, o homem trabalhava como pedreiro e caseiro, e retornava do trabalho quando foi abordado pela polícia.
“Embora tenha relatado que não era a pessoa que estavam procurando, ainda assim foi detido. Ele teria dito qual seria o seu verdadeiro nome, que a pessoa que se tratavam era seu irmão, mas não apresentou nenhum documento”, disse a defensora.
Ele ficou por alguns dias no Centro de Triagem, e foi levado para a Casa de Custódia. Durante todo o processo, ele afirmava que não era quem a polícia procurava. No entanto, foi necessário que ele ficasse dois meses preso, para ser ouvido.
“Estava realmente muito apavorado, queria sair, estava desesperado, não sabia o que aconteceria com ele. É uma pessoa simples, sem condições e aguardava ali uma ajuda de qualquer pessoa, independente de quem fosse”, disse Francine Amorese.
Condenação por furto
O irmão do homem que ficou preso tem passagens pela polícia, e uma condenação por furto. Ele chegou a cumprir parte da pena na prisão, e ganhou o acesso ao regime aberto. O homem porém, desobedeceu medidas impostas pela Justiça, e agora é considerado foragido.
Conforme a defensora pública, os irmãos possuem o segundo nome e o sobrenome iguais. No entanto, a altura de ambos e os traços físicos são diferentes.
A Polícia Civil do Paraná, a Polícia Militar e o Departamento de Polícia Penal (Deppen) não comentarem o assunto.
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