Lotados de pacientes com Covid-19, hospitais de Londrina beiram o colapso

Derick Fernandes - Jornalista
Pronto Socorro do Hospital Universitário (HU) - Foto: CBN

Nesta quarta-feira (24) o Brasil atingiu a marca trágica de 250 mil mortes por Covid-19. O país vive o pior momento da pandemia desde março de 2020, e o 34º dia seguido com média superior a mil mortes diárias.

O aumento dos casos da doença refletiu também nos estados.

No Paraná, por exemplo, a situação é dramática em hospitais de todo o estado, que já 94% de taxa de ocupação dos leitos de UTI. A atenção se volta para a região Oeste, que abrange Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu – onde 98% dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 estão ocupados com apenas quatro vagas.

Na segunda maior cidade do estado, Londrina caminha para o colapso na saúde. O Hospital Universitário – responsável por acolher a maior parte dos pacientes diagnosticado com o vírus, tem 139% de taxa de ocupação dos leitos de enfermaria. A direção da unidade fechou o Pronto-Socorro por 24 horas nesta quarta-feira para manter a situação sob controle.

Com o fechamento do PS o hospital passa a receber apenas pacientes “moderados” ou “graves” de Covid-19. Atendimentos a outros pacientes não estão sendo realizados no momento. Na terça-feira (23) o HU já havia fechado o PS por 12 horas devido a lotação, mas a situação não melhorou.

Além dos 96 leitos de enfermaria exclusivos para pacientes com Covid-19, outros 38 – de atendimento geral, também estavam ocupados por infectados pela doença.

O colapso iminente afeta ainda outros hospitais de Londrina.

O Evangélico, por exemplo, tem 100% dos leitos de enfermaria e de UTI exclusivos ocupados. Já na Santa Casa, são 83% das UTIs em uso e 128% de lotação nos leitos de enfermaria.

Tanto no HU quanto na Santa Casa, há leitos exclusivos reservados para pacientes com a doença. Quando esses leitos são 100% ocupados, os pacientes são alocados em outros leitos de atendimento geral. As enfermarias exclusivas ficam em uma ala exclusiva dos hospitais e quando elas lotam, pacientes com Covid são transferidos para setores comuns e por isso o atendimento é interrompido para evitar que pessoas com outras enfermidades sejam contaminadas pelo coronavírus.

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