LONDRINA – Em entrevista dada nesta sexta-feira (4) à Folha de Londrina, Marcelo Belinati (PP) fez um balanço do segundo ano de sua gestão. O prefeito de Londrina voltou a defender medidas polêmicas instauradas ao longo de 2018, como a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) e a nova licitação do transporte coletivo, e reforçou que seu objetivo é colocar a cidade “nos trilhos”, custe o que custar.
“Vamos fechar o ano no azul pela primeira vez em uma década. Ou seja, não estamos precisamos contar com receita extra como fizeram nos anos anteriores. O cidadão londrinense pode ter certeza de que Londrina estava fora dos trilhos, era um trem desgovernado. Nós vamos construir um futuro melhor. Paguei e vou pagar um preço caro para isso”, garantiu o pepista.
Belinati explicou que considera urgente acabar com o “monopólio”, em suas palavras, exercido pela empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) sobre o serviço de ônibus urbano. “Apesar de a companhia prestar um bom serviço, nunca houve uma licitação correta. Sempre foi um monopólio. Era um contrato injusto com a sociedade porque a margem de lucro passa dos 20%”, analisa.
Para 2019, encontrar uma solução definitiva para a crise da Sercomtel é uma das principais metas do prefeito. A privatização, segundo ele, não está descartada, mas não é a única opção em análise. “Vamos estudar com calma os cenários possíveis. A Sercomtel é viável, é catalisadora do desenvolvimento econômico e farei todos os esforços para preservá-la em Londrina e concluir o processo de saneamento junto à Anatel.”
A inauguração da famigerada Cidade Industrial de Londrina, prometida desde 2015 pelo então prefeito Alexandre Kireff, é outro item tido como prioritário por Marcelo na agenda municipal deste ano. “O projeto está quase concluído. O processo deve ir para licitação da infraestrutura agora no início de 2019. E a gente tem atraído empresas de menor porte, procurando dar incentivo. E principalmente desburocratizar”, explica. “Londrina está vivendo o melhor momento dela dos últimos 20 anos. E o londrinense vai se aperceber disso.”