Motoristas da TCGL dizem que greve é por garantia de trabalho e não por aumento salarial

Redação
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24Horas Fundo

LONDRINA – Motoristas do transporte coletivo de Londrina, especialmente os empregados pela TCGL, procuraram a reportagem do 24H para desmentir o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Londrina (Sinttrol) acerca da greve da categoria, que pode acontecer na próxima segunda-feira (17).

Segundo um motorista que preferiu não ser identificado, em nenhum momento foi cogitada a hipótese da greve em face da proposta de aumento de 6% no salário da categoria. “O que a gente quer é uma garantia da manutenção dos nossos empregos. Como vamos querer aumento, se não temos nem garantia de trabalho” disse.

O Sinttrol emitiu nota à imprensa durante a manhã informando que a assembleia dos motoristas e cobradores havia decidido pelo indicativo de greve, e o motivo seria devido ao reajuste salarial. O presidente João Batista da Silva confirmou a versão em entrevista cedida à rádio Paiquerê AM nesta terça (11). Ouça aqui.

OUTRA VERSÃO

Com a confirmação da aprovação da greve, que pode ocorrer a partir de segunda-feira, João Batista voltou a falar com a imprensa. Dessa vez ele revelou que a motivação da classe para a paralisação é a não-garantia do mantenimento dos empregos de 1,6 mil funcionários da TCGL. Ouça a entrevista.

PRESSÃO E IMPASSE

Ainda há uma parte dos funcionários que são suspeitos em relação à greve. Outro motorista ouvido pelo 24H, e que por medo de retaliações não se identificou, disse que “existe um movimento que pode estar recebendo porcentagens para incentivar a greve dos cobradores e motoristas.” e que “isso estaria sendo benéfico para a TCGL” já que a maior interessada é a empresa, que recentemente anunciou seu encerramento.

Ao mesmo tempo, a Grande Londrina também manifestou interesse em continuar operando na cidade, mas que para isso o prefeito Marcelo Belinati deveria alterar os termos da licitação aberta pela CMTU, e que escolherá novas concessionárias do sistema de transporte coletivo.

Belinati não recuou diante da pressão, e disse que não mudará o edital. A TCGL, por sua vez, exigiu então o reajuste da passagem para R$ 4,60 para continuar operando enquanto a nova empresa não assume, caso contrário, recolherá os ônibus a partir de 19 de janeiro.

O prefeito disse também que não autorizaria o reajuste.

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