Uma mulher que invadiu as dependências da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Conjunto Corina Pugliese, em Arapongas, na Região Metropolitana de Londrina (RML), se entregou no início da tarde desta quarta-feira (12) após quase três horas de cerco policial.
Inicialmente, havia a informação de que ela teria feito o padre refém, porém, o pároco não estava presente na igreja durante o ocorrido. Moradores relatam que a mulher teria manifestado seu amor pelo sacerdote em uma missa recente.
A suspeita foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Arapongas, onde passará por uma avaliação médica. Segundo informações apuradas, ela não sofreu ferimentos durante a situação.
Testemunhas relatam que a mulher estava trancada no banheiro da igreja e ameaçava cometer suicídio, porém, acabou aceitando se entregar às autoridades.
Acredita-se que a suspeita estivesse “vigiando” a igreja há aproximadamente uma semana. Segundo relatos de moradores, ela não seria residente da região, e câmeras de segurança registraram sua movimentação nos arredores nos últimos dias.
A mulher teria entrado na igreja alegando que gostaria de se confessar, mas em seguida teria apontado uma arma de fogo para si mesma. Embora haja informações não oficiais de que ela estaria com uma arma de pressão em vez de uma arma de fogo, as autoridades ainda não confirmaram essa informação.
Apaixonada pelo padre
Testemunhas afirmam que a suspeita possivelmente estava passando por um surto psicótico. Além disso, relatos de moradores indicam que ela teria desenvolvido uma “fixação” pelo padre, a quem procurava para receber aconselhamento e afirmava estar apaixonada. No entanto, essas versões ainda não foram confirmadas pelas autoridades ou pelo próprio padre.
Diversas equipes, incluindo a Polícia Militar, Rotam, Guarda Municipal e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram acionadas no local da ocorrência, na Rua Picapauzinho Dourado.
Acordo de restrição
Cabe destacar que o padre Geraldino Rodrigues de Proença, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, já possuía um acordo de restrição firmado no Juizado Especial Criminal (Jecrim) de Arapongas, que impedia a mulher de se aproximar dele.
Embora a medida seja conhecida como “medida protetiva”, geralmente aplicada a mulheres de acordo com a Lei Maria da Penha, esse acordo estava em vigor para garantir a segurança do padre. No entanto, a mulher conseguiu invadir a igreja, mesmo com essa restrição estabelecida pelo Judiciário.
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