Um evento neste domingo (26) marcou o lançamento das obras de revitalização da Área de Lazer Luigi Borghesi, conhecida como Zerão, no Centro de Londrina.
Há muito tempo que o espaço que tem um anfiteatro para 5 mil pessoas espera por uma reforma completa para que possa ser efetivamente utilizado em eventos e apresentações. O Zerão foi inaugurado com festa em 23 de dezembro de 1988 – treze anos depois de ser projetado pelo arquiteto Luiz Cezar da Silva pelo então prefeito Dalton Paranaguá.
Considerado um local de memórias, além de um patrimônio histórico de Londrina, o anfiteatro batizado oficialmente com o nome de Jonas Dias Martins, presenciou dezenas, e porque não centenas de manifestações artísticas, culturais e políticas da cidade. O Zerão reúne tribos, musicistas e praticantes de esportes todos os dias, mas o espaço também se vê degradado pelo vandalismo e depredação.
A porta de acesso ao subsolo por exemplo está lacrada. O palco, embora toda semana receba a famosa batalha da concha – da cena de hip hop e rap – está degradado, sem infraestrutura e pichado.
O projeto de revitalização executado por meio do RevitalizARTE é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, e conta atualmente com 14 apoiadores e 6 patrocinadores. A intenção é dar ao Zerão uma nova vida, transformando o espaço em um Centro Multicultural, com uma galeria de arte a céu aberto.
A grande atração será o imenso grafite que vai ocupar toda a concha sobre o palco. O trabalho será realizado pelo artista plástico Marcelo Barnero a partir de novembro, como um “grand finale” das obras, previstas para serem entregues em 10 de dezembro de 2022, no dia do aniversário da cidade, quem sabe, com uma grande atração.
O projeto de revitalização foi idealizado pelo sargento Victor Santana, da Polícia Militar, e tem como objetivo recuperar a infraestrutura do anfiteatro para que o espaço volte a receber shows, eventos, feitas e dessa forma movimentar a economia. O custo das obras é de aproximadamente R$ 700 mil e estão sendo custeados com doações e patrocínio de quatro empresas locais e dezesseis apoiadores.
ANTIGAMENTE
Antes de ser o Zerão, a área abrigava um fundo de vale com alguns barracos improvisados, além de moradores que margeavam “buraco do azevedo” – como era conhecido na época. O vale protegia e protege até hoje o córrego do Leme, e no passado era usado por crianças que aproveitavam o vasto campo aterrado para brincar.
Também existia uma espécie de piscina de oito metros de diâmetro que era utilizada pela população para se refrescar nas tardes quentes de domingo, e nos verões de Londrina.
Foi apenas nos anos 80 que efetivamente a área recebeu um projeto de urbanização, devido ao rápido crescimento de prédios e populacional da cidade, que a essa altura se esticava para a zona sul e zona norte.
Receba notícias do 24H News no seu Telegram e saiba tudo em primeira mão! Inscreva-se em nosso canal: https://t.me/portal24h