Ao lado do filho morto na rua, mãe espera 14 horas pelo IML

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Um rapaz de 18 anos foi morto a facadas na noite de segunda-feira (15), em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Ele ficou 14 horas na rua até ser levado ao Instituto Médico-Legal (IML).

A mãe da vítima, Sueli Dias, afirmou que não saiu do lado do filho. “Cadê que eles vieram?”, questionou.

O crime foi registrado por volta das 21h30. A polícia esteve no local, que foi isolado, e liberou a retirada do corpo. O IML, no entanto, estava sem veículos para atender o caso.

O velório do rapaz foi improvisado no meio da rua. Márcio Pedro, tio do jovem, saiu de Tatuí, no interior de São Paulo, para estar perto da família. Ele chegou a Colombo após seis horas de viagem e se deparou com o corpo do sobrinho no mesmo local. Segundo ele, “é difícil para a gente. Quase seis horas de viagem para chegar aqui e o menino estar no mesmo lugar ainda. Cadê a providência do pessoal?”

Quase 14 horas depois do crime, uma viatura do IML tentou se dirigir ao local, mas bateu no meio do caminho.

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A caminho da ocorrência, carro do IML se envolveu em acidente (Foto: Reprodução/RPC)

DE NOVO?

A situação se repetiu outras quatro vezes na região metropolitana de Curitiba.

Às 16 horas de segunda-feira (15), uma pessoa morreu em Adrianópolis. O corpo só foi encaminhado ao IML às 4h10 desta terça (16).

Em Balsa Nova, um homem morreu por volta das 22h40, mas o corpo só chegou ao IML às 8h20 de terça. Na cidade vizinha, Araucária, houve mais uma morte à 1 hora desta de terça, e o corpo deu entrada também às 8h20.

A quinta morte foi causada por um acidente na BR-116, na manhã desta terça-feira. Um motociclista bateu em um carro e morreu na hora. A entrada no IML só foi registrada por volta das 11 horas.

INFORMAÇÕES CONFLITANTES

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou, às 10h30 da manhã, que a situação havia sido resolvida e que os corpos estavam recolhidos. A informação não procedia: os corpos só terminaram de chegar às 11 horas.

Ainda de acordo com a pasta, o IML de Curitiba possui quatro viaturas e oito motoristas, que atuam em regime de plantão.

O diretor administrativo do IML, Jonatas Davis de Paula, tinha dito que o problema é a falta de motorista. Ele afirmou que dois veículos estão parados.

Segundo o IML, uma das viaturas que estava no litoral, na Operação Verão, voltou a Curitiba para ajudar no atendimento.

(Com informações do G1)

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