O prefeito Marcelo Belinati, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (08) que a prefeitura não irá pagar o subsídio de R$ 12 milhões pedido pela Transporte Coletivo Grande Londrina (TCGL), que alegou prejuízos financeiros por conta da pandemia de coronavírus.
Belinati frisou que, se tiver que gastar dinheiro, irá aplicá-lo na compra de equipamentos para a Saúde como respiradores, leitos, remédios e contratação de médicos. “Estamos no meio de uma pandemia, é uma crise nacional e não apenas da Grande Londrina”, disse.
A empresa é a responsável por operação de parte das linhas de ônibus na cidade, e notificou a prefeitura administrativamente pedindo reposição do dinheiro, alegando acúmulo de prejuízos financeiros em razão da queda do número de passageiros. A Londrisul, que também concessiona parte das linhas em Londrina, não teve a mesma postura que a concorrente.
O documento enviado pela TCGL foi protocolado na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização. O valor exigido pela Grande Londrina se refere a parte do mês de março e a operação do sistema durante o mês de abril, e ainda adianta os valores que serão cobrados pelo déficit que será gerado em maio e junho.
ALFINETOU GRECA
Em sua declaração, o prefeito de Londrina alfinetou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Na capital, o Greca não mediu esforços para aprovar um pacote de R$ 200 milhões que contempla as empresas de transporte coletivo, que assim como a Grande Londrina, alegaram prejuízos financeiros e pediram o subsídio.
Rafael Greca manobrou na Câmara Municipal e conseguiu a aprovação do pacote. Mas o dinheiro não chegou a ser repassado ainda, pois diversas ações questionaram sua legalidade, e o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) pediu explicações à prefeitura.
“Aqui em Londrina a prefeitura vai focar em salvar a vida das pessoas. Não vai ter dinheiro de aporte para empresas de transporte coletivo aqui”, finalizou Belinati, em referência a medida adotada na capital.