Quem viveu os anos 90 e parte dos anos 2000 se lembra dele na TV. O icônico Luiz Carlos Alborghetti, falecido em 2009, foi pioneiro no jornalismo policial e deu início a uma longa geração de apresentadores populares hoje em dia. Com seu estilo irreverente e indignado, ele ganhou o apreço popular e chegou a ser eleito deputado estadual no Paraná por cinco vezes.
Na política, questionou os podres e passou a ser um crítico feroz principalmente da esquerda, e do alinhamento ideológico ao Partido dos Trabalhadores. Talvez, tenha sido Alborghetti um dos primeiros a, publicamente, abordar esse assunto em termos políticos no Brasil, e ainda em rede nacional de televisão.
Em sua trajetória, muitos assuntos foram exibidos extinto “Cadeia”. Um desses assuntos, porém, ficaria indecifrável por anos na história do Paraná.
Trata-se do envolvimento de um deputado federal, em 1994, em uma grande quadrilha desmantelada pela polícia, suspeita de assassinato de caminhoneiros e desmanche de caminhões roubados.
Alborghetti deu detalhes desse assunto em 2006, em um áudio avassalador no seu programa “Cadeia Sem Censura” transmitido pela internet.
Na fala de Alborghetti, ele revela sem citar nomes: “criei o monstro”. Ele explica ainda, como um antigo político no estado ascendeu, e depois lhe derrubou da Rede CNT, a época comandada pelo também deputado federal Luiz Carlos Martinez (im memoriam).
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