O homem acusado de matar a facadas a ex-companheira Emily da Silva Martins, em Marialva, na região metropolitana de Maringá, foi condenado pela Justiça a 25 anos, dez meses e 15 dias de prisão. O júri foi nesta quarta-feira (10).
Davi Brant, 24, foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e feminicídio, e ainda por tentativa de estupro.
Emily foi atingida por dois golpes de faca, um que perfurou o pulmão dela e outro o ombro. O crime aconteceu em fevereiro de 2019. Na ocasião a jovem foi abandonada pelo assassino em uma estrada rural, e foi encontrada horas depois ainda com vida.
O júri, formado por seis mulheres e um homem, decidiu que Davi é culpado pelas acusações. O condenado, no entanto, ainda pode recorrer da decisão.
A juíza manteve a prisão preventiva de Davi, que está detido desde a época do crime. A defesa do homem não se pronunciou.
VÍTIMA CONTOU DETALHES DO CRIME
Emily foi levada ao hospital, e chegou a contar aos policiais o que havia acontecido. Horas depois de seu depoimento, a jovem morreu por complicações em seu estado de saúde.
Ela estava grávida de quatro meses, e por conta disso o bebê também não pode ser salvo.
A jovem e o assassino tiveram um relacionamento por quatro anos, que resultou em uma filha. No entanto eles separaram um mês antes do crime.
Davi ficou na cadeia por um ano e três meses, mas agora cumpre prisão domiciliar por conta de um tratamento médico.
Emily contou aos policiais que o assassino chamou ela para conversar, e imaginou que o assunto seria a filha do casal. A vítima relatou que aceitou o convite, e que depois da conversa o ex-companheiro ofereceu uma carona para levá-la pra casa.
No caminho, porém, o acusado mudou o trajeto. Ele parou o carro em uma estrada rural, e de acordo com o depoimento, tentou estuprá-la. Emily disse que conseguiu se desvencilhar, saiu correndo, mas foi alcançada por ele e levou as duas facadas. Em seguida, o homem foi embora e a deixou no local.
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