O empresário Carlos Evander Azarias, 49 anos, morreu após ser baleado na noite desta quarta-feira (26) na rua Sampaio Vidal, na Vila Casoni, em Londrina. Ele era réu em uma investigação sobre corrupção, desdobrada durante a operação Password, que investiga fraudes na cobrança de IPTU em Londrina.
Os golpes apurados pela Password foram realizados entre 2015 e 2016 e até o momento representam pelo menos R$ 1 milhões de prejuízo aos cofres públicos.
Carlos Azarias era apontado como um dos operadores do esquema. Ele foi o segundo assassinado que estava diretamente ligado à investigação sobre a Password. No dia 6 de junho, a servidora Daniela Novelli Pergo, de 44 anos, foi executada a tiros quando saía de casa para ir trabalhar. Ela atuava no setor de T.I da Prefeitura de Londrina e estava colaborando com envio de informações sobre o caso.
HOMICÍDIO
Azarias foi morto por dois homens que se aproximaram em uma motocicleta. Os assassinos renderam o empresário e o genro dele, e o levaram para dentro da casa, onde aconteceu a execução. O empresário foi atingido por diversos tiros na região do tórax e na cabeça.
Após o crime, os assassinos fugiram. Até a madrugada desta quinta-feira (27) ninguém havia sido preso.
RELAÇÃO DOS CRIMES E ESQUEMA
Para o coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto, não é possível afirmar se os crimes tem relação com a investigação do Ministério Público. “Temos que aguardar as investigações”, se limitou.
Ainda conforme o MP, Azarias era o chefe do esquema investigado pela Operação Password. A filha dele, Camila Azarias, trabalhou como estagiária na Prefeitura de Londrina durante a gestão de Alexandre Kireeff. Ela também é réu no processo da Password.
Em dezembro, Carlos Azarias tinha sido preso após depor na sede do Gaeco. Em 7 de junho, a justiça concedeu a liberdade dele mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
As fraudes no IPTU aconteciam por meio de alterações no sistema de informática da cidade.
A Polícia Civil investiga as mortes de Carlos Azarias e Daniela Novelli.