Nesta segunda-feira (13) completou um ano da fuga de Nelson Bárbara da carceragem da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II). O homem condenado a 147 anos de prisão, considerado um criminoso de alta periculosidade, não foi mais localizado desde então.
A suspeita é que a fuga dele tenha sido facilitada por um agente do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). O caso é investigado em uma sindicância.
Segundo revelado hoje pelo portal g1, da RPCTV, documentos evidenciam que Nelson Bárbara foi retirado da galeria onde estava sem a autorização da direção da cadeia.
Ele foi condenado por homicídios, além de roubos praticados sobretudo na zona rural de Londrina. O homem fugiu pulando o muro da penitenciária e se escondeu na região de mata, depois dali ele nunca mais foi visto. Segundo a Vara de Execuções Penais de Londrina, o criminoso cumpriu apenas 15% da pena centenária.
Retirado de galeria sem autorização
Ainda conforme o g1, um ofício assinado pelo diretor da PEL II dois dias depois da fuga evidencia que Bárbara trabalhava no setor de artesanato, mas foi retirado do local por um policial penal para servir a alimentação de outros presos. O detalhe é que a transferência de função não tinha a permissão de superiores do agente.
A direção descreve no documento que “não houve o devido acompanhamento por parte do policial penal escalado na galeria na realização do serviço, pois o apenado (Nelson Bárbara) empreendeu fuga por meio da guarita de sol, cujo acesso é feito por um portão do corredor”.
Ainda conforme o ofício, não havia sinais de arrombamento do portão, nem que ele tinha sido forçado. O acesso ao local, bem como a responsabilidade do fechamento e abertura do portão, são do policial penal que acompanhava o fugitivo.
A fuga
O ofício ainda trás fotos de gravações das câmeras de segurança no dia da fuga. O circuito de monitoramento flagrou como Nelson Bárbara fugiu.
Primeiro ele anda pelo telhado, em seguida ele pula a um nível mais baixo, quebra uma telha e cai dentro de uma sala.
Em seguida Nelson Bárbara pula um muro e cai em um terreno baldio ao lado da penitenciária. Depois disso, ele se esconde na mata próxima e desaparece.
As imagens foram analisadas pela direção, que concluiu que os servidores da central de monitoramento não estavam no local ou não perceberam a fuga.
A sindicância aberta busca identificar se houve facilitação por parte de algum policial penal para a fuga de Bárbara. O caso segue em trâmite.
O policial penal que retirou o criminoso da galeria onde ele estava foi transferido da PEL II, mas segundo o Deppen, a transferência não tem relação com a fuga.
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