Um julgamento no Tribunal do Júri de Maringá definiu pela condenação de Roneys Fon Firmino Gomes, conhecido como ‘Maníaco da Torre’ por ocultação de cadáver, mas absolveu o homem pelo crime de homicídio de uma mulher não identificada.
Firmino está preso desde 2015 acusado de matar seis mulheres na cidade, e já foi a julgamento duas vezes, quando foi condenado pela morte das vítimas Edinalva José da Paz, de 19 anos, e Silmara Aparecida de Melo, de 33 anos. Com a nova sentença, as penas dele somam 45 anos de prisão.
O julgamento aconteceu nesta terça-feira (24). Imagens de câmeras de segurança e uma parte do para choque do carro dele ajudaram na apuração do caso.
Tanto a defesa do acusado quanto o Ministério Público avaliaram a decisão como contraditória, e afirmaram que devem recorrer da sentença proferida.
MANÍACO DA TORRE
Roneys Fon Firmino Gomes é acusado de matar seis mulheres em Maringá. Nas próximas semanas, ele vai passar por mais dois julgamentos, o primeiro marcado para o dia 1º de junho pela morte de Roseli Maria de Souza; Já no dia 09 de junho, o júri será sobre a morte de Mara Josiane dos Santos.
O maníaco confessou que, depois dos crimes, rezava pedindo por perdão. Ele também assumiu ser culpado pela morte das mulheres.
Os corpos das vítimas eram encontrados nus, de barriga para cima e embaixo de torres de energia em meio a plantações em fazendas na região de Maringá. A série de homicídios levou o homem a ser conhecido como “Maníaco da Torre”.
“O exame de insanidade mental apresenta um resultado que já era esperado pelo MP, ou seja, de que ele é imputável, plenamente capaz de entender o caráter ilícito dos fatos praticados. [Ele] sabia os crimes que estava cometendo, portanto, deve ser julgado sob as penas da lei no plenário do júri e responsabilizado pelos crimes que praticou. Embora, o laudo ateste que ele tenha algum desvio de personalidade, isso não significa doença mental que o impossibilite de responder pelos atos” afirmou o promotor Júlio César da Silva.
O homem foi preso em julho de 2015 depois que a polícia localizou no local de um dos crimes uma peça de carro que encaixou no veículo que ele usava. Na época ele confessou os homicídios.
Em depoimento, conforme a polícia, ele contou que depois de matar ainda cruzava as mãos das mulheres em cima do corpo e rezava pedindo perdão. Roneys contou que matou porque sentia ódio de prostitutas.
Apesar de ser acusado por seis mortes, a polícia acredita que ele tenha matado ao menos 13 mulheres.