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Padrasto é indiciado por matar, estuprar e ocultar corpo de enteada no Paraná

Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, foi brutalmente morta pelo padrasto em Guaraqueçaba, no litoral.

Por Derick Fernandes 5 min de leitura
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Criança desapareceu no dia 26 de abril. Corpo foi encontrado dia 29.Foto: Arquivo pessoal

O Ministério Público do Paraná indiciou criminalmente Givanildo Rodrigues Maria, de 33 anos, acusado de estuprar, matar e ocultar o corpo da própria enteada, Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos.

O crime aconteceu em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Antes do corpo da criança ser localizado em uma área de mata, Kameron chegou a ser dada como desaparecida pela Polícia Civil. O homem confessou o crime e disse que matou a enteada sufocada (leia abaixo).

Na denúncia, o MP sustenta contra Givanildo mais uma qualificadora por ele ter cometido o crime com meio cruel e que impossibilitava a defesa da vítima.

A promotora Ana Carolina Lacerda Schneider, que assina o documento encaminhado à Justiça, afirmou que o homem não demonstra arrependimento e “manifesta vontade de matar“. Destacou, ainda, que a morte de Kameron ocorreu no âmbito de violência doméstica e familiar, uma vez que ele era o padrasto da criança.

Agora a Justiça vai decidir se aceita a denúncia. Não há prazo para que isso ocorra. Enquanto isso, Givanildo segue preso preventivamente desde 29 de abril.

Por meio de nota, o advogado Cristiano Dias Souza, que defende o acusado, disse que se manifestará oportunamente “quanto aos questionamentos da ‘confissão’, considerando, algumas controvérsias […] visto que no ato da oitiva pela autoridade policial, o acusado estava desacompanhado de um advogado“.

Ele disse também que está tomando ‘conhecimento dos fatos, dos documentos e indícios contidos nos autos do processo’.

Confissão

Givanildo foi preso pela Polícia Civil após confessar o crime na Delegacia de Paranaguá, para onde foi encaminhado. Ele contou ao delegado Nilson Diniz que asfixiou a menina durante um abuso sexual, e que em determinado momento, percebeu que ela havia morrido.

Na ocasião, ele afirmou que cometeu o crime para ter relações com a menina, e deu detalhes ao delegado de como desovou o corpo da criança.

Em depoimento Givanildo confessou o crime – Foto: Reprodução

Prisão revogada

Dois dias antes de confessar o crime e ser preso preventivamente, Givanildo chegou a ser detido em flagrante, logo após o corpo de Kameron ser encontrado em 27 de abril em Guaraqueçaba.

Entretanto, em 28 de abril ele foi solto por determinação do juiz Jonathan Cheong, que entendeu não existir sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir provas ou ainda fugir da cidade para escapar de ser pego.

No dia seguinte, em 29 de abril, após se apresentar à polícia voluntariamente e confessar o crime, ele foi preso novamente. O corpo de Kameron foi encontrado depois dela ser dada como desaparecida pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

Primeiro, ele negou o crime

Na ocasião da primeira prisão, em depoimento ao delegado de Antonina, Isaias Fernandes Machado, o homem afirmou que não havia matado a criança. Disse também que estava com ‘a consciência tranquila’.

No mesmo interrogatório, o homem foi questionado sobre ter um comportamento possessivo com a menina, conforme declarações de testemunhas. Ele negou.

Em primeiro depoimento, homem negou o crime – Foto: Reprodução

Entenda o caso

Kameron desapareceu em 26 de abril na região da PR-405 no distrito de Ipanema, na zona rural de Guaraqueçaba.

O desaparecimento chegou a ser divulgado pela prefeitura da cidade. Na ocasião, a prefeitura informou que a menina tinha saído de casa pela última vez para fazer atividades da escola na casa de uma colega.

Para a polícia, familiares relataram que ao dar falta da menina, ligaram no celular dela, e que em uma dessas ligações uma pessoa chegou a atender o telefone da criança, e desligou.

As buscas por Kameron tiveram apoio da comunidade, polícia e Defesa Civil. A morte da garota comoveu a cidade, que chegou a decretar luto de três dias.

Morte de Kameron comoveu cidade de Guaraqueçaba – Foto: Arquivo pessoal

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