Um homem de 30 anos foi preso em flagrante acusado de violentar e matar o enteado de três anos em Cianorte, no Noroeste do Paraná. A criança morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade na manhã de quinta-feira (25). Segundo a polícia, o menino teve parada cardíaca e apresentava vários hematomas pelo corpo, além de sinais de abuso sexual.
A mãe do menino, de 28 anos, havia saído para trabalhar por volta das 04h30. Quando saiu, o filho estava bem, e não tinha marcas de agressão. O homem era o responsável por cuidar do garoto.
Durante todo o dia, a Polícia Civil ouviu familiares da criança, sendo a avó e o tio, que moram na casa em frente onde o casal vivia com o menino.
Conforme o delegado Carlos Stecca, durante o atendimento na UPA houve a suspeita de abuso sexual. O corpo passou por exames, e o laudo ainda é aguardado pelos investigadores. O IML adiantou que a morte do menino está ligada ao rompimento do pâncreas, provocada por ação contundente – possivelmente, agressão.
O padrasto alegou que o menino passava mal desde a tarde de quarta-feira (24), apresentando sintomas de vômito e diarreia, e que já acordou na manhã de quinta-feira mal. No entanto esses relatos são contestados pelos familiares, que disseram que o garoto estava saudável. O homem ainda disse que deu banho no menino, mas que durante o banho a criança desmaiou – foi então que ele pediu ajuda ao tio para levá-lo a UPA, onde já chegou sem vida.
A Polícia Civil e uma equipe da Polícia Militar foi até a casa e encontrou vestígios de um crime. Havia sangue, e eles encontraram ainda uma bermuda da criança suja de fezes, além de dois pedaços de papel higiênico com gotículas de sangue. Os materiais foram encaminhados à perícia para investigação. Além disso, os policiais também apreenderam o celular do padrasto.
“Em razão das informações repassadas pela médica de possível abuso sexual sofrido pela criança, o padrasto, inicialmente, foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável com resultado morte, mas o relatório final do inquérito poderá sofrer alterações, considerando que as investigações prosseguem”, disse o delegado.
O homem está preso em uma cadeia pública de outra cidade, cujo o nome não foi divulgado por questões de segurança.