A Polícia Civil do Paraná investiga a morte do padre José Aparecido Bilha, de 63 anos. O corpo dele foi encontrado na manhã desta segunda-feira (21) no pátio da casa paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Guaíra, no noroeste do estado.
Duas linhas de investigação foram tomadas pela polícia, que não descarta a hipótese de homicídio, nem de suicídio. Imagens de uma câmera de segurança estão sendo analisadas, mas não foram divulgadas para não atrapalhar o andamento da apuração.
Padre Cido, como era conhecido, estava há vários anos à frente da paróquia em Guaíra. Em março deste ano ele completou 28 anos da ordenação sacerdotal. A morte violenta do religioso causou comoção na comunidade católica da cidade, e também em autoridades paranaenses.
De acordo com fiéis, a suspeita de homicídio pode ter algum ligação com a posição política do padre, que havia declarado apoio à Lula (PT) nas eleições presidenciais. A polícia apura a informação de que o sacerdote havia sido ameaçado por conta disso.
Dedicação ao catolicismo
Entre 2003 e 2003, Padre Cido participou de uma especialização em Bogotá, na Colômbia, e em 2016 foi designado para acompanhar a formação seminarística junto ao Seminário São João Paulo II (Teologia), em Curitiba, onde ficou até 2019, quando passou a atuar como pároco em Guaíra.
A Diocese de Toledo, por meio de seu bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, se manifestou através de uma nota:
“A Diocese de Toledo, por meio de seu bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e seu clero, manifestam o profundo pesar pelo falecimento do Pe. José Aparecido Bilha, 63 anos. Ele estava no exercício de seu ministério como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Guaíra, e foi encontrado morto por funcionários na abertura do expediente desta segunda-feira, 21 de novembro. Externamos condolências à família Bilha e à comunidade católica de Guaíra, especialmente desta paróquia, que foram surpreendidos pela triste notícia.
Informamos ainda que o caso está sendo investigado pelas autoridades de segurança pública e acompanhado pela Diocese. Rogamos a Deus que, na sua misericórdia, acolha este irmão no sacerdócio que dedicou sua vida pelo bem dos fiéis.”
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