DIÁRIO 24H
LONDRINA
Londrina completou 19 dias sem homicídios violentos, o maior período deste ano. O caso mais recente, registrado na última terça-feira (7), foi o da morte de um suspeito de roubo durante confronto com policiais, na Avenida Tiradentes.
Ricardo Jorge, delegado, atribui a queda no número de mortes ao trabalho da investigação da Delegacia de Homicídios da cidade. “Nos últimos meses, realizamos diversas prisões de pessoas ligadas diretamente aos homicídios. Durante as investigações, alguns suspeitos também foram mortos pelos rivais. Tudo isso influenciou na redução do número de mortes em nossa cidade”, afirma. Segundo ele, 17 suspeitos foram detidos pela delegacia em junho, julho e agosto, “inclusive envolvidos na guerra da zona sul, responsável por grande parte dos homicídios registrados este ano”.
COMEMORAÇÃO
A Secretaria Estadual de Segurança Pública comemorou o recorde. O secretário Wagner Mesquita explicou que “caso seja confirmado também pelo setor de estatística, traz uma excelente notícia”. Ele agradece às polícias Civil e Militar. “[Este recorde] é resultado do investimento que o Estado tem feito na segurança pública, contratando mais policiais, comprando mais viaturas. E também a ação de nossos órgãos de inteligência no combate ao crime organizado.” Mesquita afirma que é necessário manter a vigilância e reforçar ainda mais os efetivos em locais de maior incidência criminal.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) de Londrina, Michel Franco, discorda do secretário, e diz que não há nenhum reforço ao órgão. “A cidade vive um deficit de 50% no número de agentes da Polícia Civil”, explica. Para Franco, apesar da queda do número de homicídios, a população sofre com a sensação de insegurança e as vítimas de crimes sofrem com a ausência de policiais civis, responsáveis pelo trabalho de investigação.
NÚMEROS OFICIAIS
Segundo a Delegacia de Homicídios, Londrina soma 90 assassinatos em 2017, número que exclui lesão corporal seguida de morte, latrocínio (roubo seguido de morte) e confrontos com agentes de segurança pública.