O resultado das eleições de 2022 em Londrina evidenciam um movimento que está acontecendo no campo político. O belinatismo perdeu força e se tornou um fator pouco relevante para os candidatos que tiveram apoio do prefeito Marcelo Belinati (PP).
Na verdade, a maior lição disso tudo é a compreensão de que o prefeito não foi capaz de transferir seus votos, e que o eleitor o reelegeu em primeiro turno em 2020, talvez pela falta de opções plausíveis, ou ainda como resultado das obras feitas no primeiro mandato.
A alta aprovação do prefeito de Londrina o tornou uma peça fundamental não só na campanha de Ratinho Junior, esse sim vitorioso, mas também na de Alvaro Dias, que acabou não levando a reeleição para o Senado e perdeu para Sergio Moro. Mas mesmo bem avaliado, Marcelo tem isso como mérito exclusivamente seu, e não importa se ele te apoie, o eleitor vai pensar diferente, a não ser que tenha se simpatizado muito com você.
Isso coloca dúvidas sobre o poder político de Marcelo Belinati nas eleições de 2024. Pode ser que o belinatismo já não exista mais, ou apenas tenha ficado na memória dos mais antigos que viveram as gestões de Antônio Belinati e Wilson Moreira. Fato é que Marcelo pode não conseguir fazer sucessor, e existe aí um campo aberto para que nasça uma oposição ao belinatismo em Londrina, com o surgimento de novos líderes e propostas mais contundentes.
A Câmara de Londrina também pode ser moldada por causa disso. Em 2020 o prefeito conseguiu eleger uma boa base de parlamentares que garantem a aprovação de projetos de interesse do executivo. Resta saber se, com o fim da segunda gestão e com o discurso de obras enfraquecido, esses vereadores conseguiriam se reeleger. Até lá são dois anos para que se trabalhe em prol de ideias e que, definitivamente a cidade possa ser discutida a altura que merece ser.
A época do saudosismo já passou. O londrinense parece querer novidades.
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