Bolsonaro defende prisão perpétua, campo de refugiados e privatizações

Por
5 min de leitura
Divulgação: Este site contém links de afiliados. Ao clicar neles, você já ajuda a apoiar nosso trabalho, sem qualquer custo adicional para você. Cada clique faz a diferença e nos permite continuar trazendo conteúdo de qualidade! ❤️

CURITIBA, PR – O pré-candidato a Presidência Jair Bolsonaro, em sua primeira entrevista após formalizar a filiação ao PSL, deu o tom de como deverá ser sua campanha eleitoral: focada no tema segurança pública, nomes conhecidos para ministérios e espaço para atuação de seu guru econômico, Paulo Guedes.

Na entrevista, concedida ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, Bolsonaro aborda temas polêmicos, como pena de morte, prisão perpétua, comunidade LGBT e privatizações.

O presidenciável acusou entidades de direitos humanos de defenderem interesses dos bandidos e afirmou que o Brasil só está recebendo os venezuelanos mais pobres, dos quais precisa se defender. Bolsonaro disse também querer carta branca para atuação dos policiais militares nos estados.

MINISTÉRIOS

Bolsonaro afirmou que irá apresentar a sua composição ministerial antes das eleições e que não irá negociar cargos com outros partidos políticos. Ele confirmou que nomes como o astronauta Marcos Pontes, o economista Paulo Guedes e o general Augusto Heleno em cargos do alto escalão. O deputado também aproveitou para cutucar o atual ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD): “Tenho certeza que se perguntar para ele sobre Lei da Gravidade e gravidez ele acha que é a mesma coisa.”

SEGURANÇA

Para Bolsonaro, a pauta segurança pública será a principal das eleições. Ele quer carta branca para a atuação dos policiais:  “A questão da violência, nós temos que dar carta branca para o policial não morrer mais ainda. Após uma operação, o policial tem que ser condecorado e não processado”. O deputado ainda criticou entidades de direitos humanos que só defendem “marginais’ e políticas de desencarceramento.

Ao ser questionado sobre a pena de morte, disse que não tentaria mudar a constituição por ser uma tarefa impossível, mas que irá trabalhar pela aprovação da prisão perpétua no Brasil.

PRIVATIZAÇÕES

O presidenciável disse que pretende vender ou fechar um terço das estatais já no primeiro ano de governo, medida defendida pelo seu consultor econômico Paulo Guedes. Bolsonaro disse que mudou de opinião sobre o tema, por considerar que as estatais foram importantes no período militar, época, que segundo ele, as empresas eram bem geridas, mas que agora estão nas manchetes por escândalos de corrupção e precisam ser eliminadas.

Bolsonaro quer por fim as estatais criadas na era PT: “Nós vamos acabar com o criadouro do mosquito da dengue e lá é o criadouro de militantes, apadrinhados políticos.

VENEZUELA

Em sua opinião, Bolsonaro diz que os venezuelanos que entram no país através da fronteira com o estado de Roraima são os mais pobres, e por isso, representam mais problemas. Na opinião do deputado, é necessário revogar a atual lei de imigração e construir campos de refugiados para manter pessoas oriundas da Venezuela.

Nós já temos problemas demais aqui. Se vamos incorporar aquele exército que recebe Bolsa Família, quem vai pagar isso aí?

O deputado disse que também pretende cortar relações diplomáticas com o país vizinho e tomar medidas de austeridade econômica com o regime de Maduro.

CHINA

Bolsonaro aproveitou para reafirmar o que expôs em sua viagem à Ásia recentemente: não quer que as empresas chinesas comprem terras no Brasil. Para o deputado, as terras são necessárias para segurança alimentar e soberania da nação. Ele não abordou outros pontos.

LGBT

Bolsonaro também afirmou que maior parte da comunidade LGBT vai votar nele, embora não tenha pauta específica para o tema. Segundo o deputado, sua única posição em relação aos LGBT é a exploração do tema em material escolar. “No resto, vão ser felizes”, disse.

Na opinião de Bolsonaro, uma política que ele enxerga necessária e a legislação que torna um agravante o homicídio ou agressão física contra a comunidade LGBT por motivos fúteis.

Compartilhe
Sair da versão mobile