Se tornou pública a situação de crise que envolve grupos de Direita em Londrina. De um lado temos a vereadora Jessicão (PP) e do outro o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) disputando a liderança do movimento.
O atrito vem acontecendo desde a eleição de 2020, mas se intensificou nas últimas semanas quando Jessicão anunciou pré-candidatura para deputada federal, e teve o apoio da bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP).
Filipe Barros não gostou de saber das pretensões da ex-assessora, e procurou por intermédio de outro político o cacique do PP, Ricardo Barros, para tentar melar os planos da vereadora. Mas acabou recebendo uma resposta curta e grossa: “Ele não é do PP, fez a escolha dele“.
Nesta semana o racha entre os grupos de direita se intensificou. Barros arriscou uma nova cartada contra Jessicão, dessa vez envolvendo a Associação Direita Paraná.
A vereadora foi acusada em um documento oficial de se apropriar indevidamente das redes sociais da entidade, que foi fundada por Barros. Segundo a associação, em 2019 Jessica foi eleita a presidente da entidade para o biênio de 2019 e 2020, mas depois desse período ela não teria convocado novas eleições.
Na denúncia, Jessicão é apontada por remover os demais líderes das contas oficiais da Direita Paraná nas redes sociais, com “claro objetivo de se apropriar indevidamente das contas”.
O texto vai mais além: acusa de Jessicão de faltar com respeito com outros líderes da associação por meio de “ataques covardes, xingamentos injustos e palavras de baixo calão”. Dessa forma, os representantes da entidade decidiram em um encontro realizado ontem (19/05) várias medidas contra a vereadora.
Uma delas, inclusive, é a expulsão de Jessicão do quadro de associados do Direita Paraná, e de quebra a indicação de Filipe Barros para conduzir o processo eleitoral interno para eleger a nova diretoria.
A polêmica ainda envolve o registro de um Boletim de Ocorrências contra Jessicão na polícia, pela suposta apropriação das contas sociais da entidade, o que segundo o documento incorre em crime tipificado pelo artigo 168 do Código Penal Brasileiro.
A vereadora Jessicão foi procurada para comentar o assunto, mas ainda não se pronunciou.