‘Coisa de covarde’, diz general Santos Cruz sobre silêncio de Bolsonaro

Afirmação do ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro foi feita em entrevista ao site Metrópoles.

Derick Fernandes - Jornalista
General Santos Cruz disse que silêncio de Bolsonaro é "inaceitável" e um "negócio de covarde".Thomas Mukoya / Reuters

O general da reserva do Exército, Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o silêncio do presidente e ex-capitão após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “pode ser interpretado como um negócio de covarde”.

Santos Cruz classificou o silêncio como “inaceitável”, porque na visão do militar, Bolsonaro “ganha para trabalhar”. Ele ainda avaliou ainda que o atual governo foi o responsável por desgastar a imagem das Forças Armadas, que “têm um saldo positivo grande com a população”.

Tem que olhar para frente, pô, quem ganhou tem que governar direito e quem perdeu tem que se organizar para ser oposição, esse é o padrão. Esse silêncio pode ser interpretado como um negócio de covarde de você esperar que o circo pegue fogo para ver como pode se beneficiar”

General Santos Cruz

O general disse que a eleição “já está consolidada e resolvida”, e que Bolsonaro “precisa fazer uma transição segura, passar segurança para o povo e não deixar as pessoas perdidas”.

Santos Cruz é autor do livro “Democracia na prática”, escrito a partir da perspectiva de quem apoiou Bolsonaro, foi seu ministro, e acabou demitido pelo presidente. Na obra, lançada esse mês pela editora Almedina, o general diz que o presidente e seus apoiadores “usam uma cartílha de totalitarismo” e ainda que “agem como seita”.

O militar também fez críticas ao comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmando que ele errou em se envolver politicamente nas eleições. O militar postou uma foto de verde e amarelo no Twitter no dia das eleições, e fez uma série de curtidas em publicações favoráveis a Bolsonaro e pedindo intervenção federal. Santos Cruz disse que espera que nunca mais as Forças Armadas se intrometam no processo eleitoral.

Leia a entrevista na íntegra no Metrópoles.

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