Os deputados estaduais Ricardo Arruda (PL) e Tadeu Veneri (PT) quase saíram no tapa depois de um discurso na Assembleia Legislativa do Paraná durante uma sessão plenária nesta segunda-feira (25).
Arruda disse na tribuna que “nunca houve ditadura militar no Brasil” e complementou que “os únicos que foram torturados, foi quem mereceu ser torturado”. Veja o vídeo acima.
Depois da manifestação, Tadeu Veneri usou a palavra e rebateu o posicionamento do colega.
“É uma vergonha o que o senhor fala naquela tribuna. É uma vergonha, porque o senhor nunca teve coragem de enfrentar a ditadura […] Eu acho que a tribuna tem limites, a tribuna não permite tudo […] disse Veneri.
O parlamentar continuou:
— Tortura é prender uma pessoa sem provas, levá-la ao cativeiro, espancá-la, dar choque na uretra, no ânus, nos lábios […] a tortura fez com que muitos delatassem pessoas que sequer conheciam –
Ao final do pronunciamento de Tadeu Veneri, Ricardo Arruda pediu espaço de fala e começou uma tréplica, mas acabou sendo interrompido pelo presidente da casa, Ademar Traiano (PSD), que alegou que o deputado estava usando o espaço cedido para debate, o que não é admitido pelo regimento interno.
— Vossa excelência está entrando em uma seara de uma discussão. Vossa excelência já usou a tribuna, com o devido respeito […] Não vamos polemizar, o senhor já usou por 10 minutos a tribuna. Não procede a questão de ordem – disse o presidente Traiano.
Depois disso, Veneri e Arruda começaram a bater boca com dedo em riste. Os deputados precisam ser contidos por outros parlamentares para que não os ânimos não esquentassem ainda mais.
A discussão apareceu na transmissão da ALEP, mas ambos estavam sem microfone no momento do bate boca. Um equipamento que está próximo, no entanto, capta parte dos gritos que eles trocaram.
