O empresário Sérgio Andrade disse à Polícia Federal que repassou o dinheiro ao tucano através de um contrato firmado entre a construtora e a empresa de um amigo do senador.
Sérgio Andrade foi ouvido no inquérito que apura se Aécio Neves (PSDB) recebeu propina da Andrade Gutierrez e da Odebrecht para beneficiar as empresas na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. De acordo com as investigações, as empresas sabiam que existiam um pedido de dinheiro para Aécio Neves relacionado com essa obra.
Em depoimento, Sérgio Andrade disse que Marcelo Odebrecht avisou a ele que Aécio Neves o procuraria para confirmar os pagamentos e que Aécio realmente entrou em contato. De acordo com o depoimento, os pagamentos foram feitos ao senador com base em um contrato fraudulento. Segundo as investigações, o contrato foi assinado em 2010, no valor de R$ 35 milhões de reais, com empresa de Alexandre Accioly, amigo de Aécio.
Outros executivos da empreiteira podem ser chamados para dar detalhes sobre o caso. O senador do PSDB afirmou que as doações da Andrade Gutierrez e da Odebrecht foram declaradas à Justiça Eleitoral.
