Em entrevista neste domingo à Rádio Bandeirantes, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Logo após a declaração de Bolsonaro, a deputada federal pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann, publicou em seu Twitter seu descontentamento diante da cogitação do presidente.
Durante a entrevista, Bolsonaro disse que fez um compromisso com Moro, já que ele abriu mão de 22 anos de magistratura. “Eu falei: a primeira vaga que tiver lá, vai estar à sua disposição. Obviamente ele teria que passar por uma sabatina no Senado. Eu sei que não lhe falta competência para ser aprovado lá. Mas uma sabatina técnico-política, tá certo? Então, eu vou honrar esse compromisso com ele, caso ele queira ir para lá. Ele seria um grande aliado não do governo, mas dos interesses do nosso Brasil dentro do STF”, disse o presidente.
Logo após a declaração de Bolsonaro, Gleisi fez a seguinte publicação no Twitter “Artigo 317 do CP, corrupção passiva: “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. É no q incorreu Moro ao barganhar vaga no STF”, publicou a deputada.
Já na manhã desta segunda-feira (13), durante entrevistas em Curitiba – onde dava palestra sobre macrocriminalidade – Sérgio Moro afirmou que nunca colocou qualquer condição quando aceitou integrar a equipe ministerial de Bolsonaro, o ministro disse ainda que ficou honrado com o convite e que esse assunto é algo para ser discutido no futuro.
A próxima vaga para o STF só deve estar disponível em novembro do ano que vem, quando se aposentará o ministro Celso de Mello, aos 75 anos.