A crise no partido Podemos em Londrina atinge um novo patamar com a polêmica decisão de João Mendonça, líder local da legenda, de filiar a vereadora Mara Boca Aberta. Esta movimentação, longe de fortalecer o partido na cidade, resultou em uma série de consequências negativas, minando a própria candidatura de Mendonça à prefeitura e dividindo ainda mais a base do Podemos.
As especulações sobre os motivos por trás da filiação de Mara Boca Aberta são muitas, mas a realidade é que João Mendonça arriscou a estabilidade do partido ao trazer para dentro de seus quadros uma figura controversa como Mara.
A divisão interna e o descontentamento são evidentes, refletindo a preocupação dos membros do partido e dos eleitores com os rumos da legenda. Até mesmo a expulsão de Mara Boca Aberta está sendo cogitada.
Além disso, a situação é ainda mais delicada quando se considera a representação do Podemos na esfera federal, com Luiz Carlos Hauly como deputado federal em Londrina.
No entanto, a ascensão de Hauly à câmara se deu em meio à cassação de Deltan Dallagnol, e seu desempenho eleitoral, com apenas 11 mil e poucos votos, mostra que seu prestígio já não é o mesmo. Sua atuação política está apagada, e uma eleição municipal bem-sucedida do partido se torna crucial para reverter essa situação.
Diante desse cenário, a filiação de Mara Boca Aberta pode representar não apenas uma aposta arriscada, mas também um sinal de desespero por parte de Mendonça em busca de relevância política.
Com o partido dividido e sem uma base forte para seus pré-candidatos a vereador, surgiram discussões sobre a possibilidade de o Podemos apoiar a candidatura de Tiago Amaral, do PSD, na disputa pela prefeitura. Essa ideia ganhou força entre os membros do partido, que veem em Amaral uma alternativa mais viável e promissora diante da atual situação do Podemos em Londrina.
Enquanto os membros do Podemos ponderam sobre os próximos passos a serem dados, resta saber se Mendonça e seus aliados serão capazes de superar essa crise e reconstruir a imagem e a força do partido antes das eleições municipais. Caso contrário, o Podemos corre o risco de cair ainda mais em desgraça, perdendo sua relevância política na cidade.