A Polícia Federal prendeu neste sábado (14) o general da reserva Walter Souza Braga Neto. Ele foi ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.
A prisão
Os policiais cumpriram a medida judicial assinada por Alexandre de Moraes, que também é relator do caso. Na decisão, o coronel é acusado de obstrução de justiça, ou seja, “atrapalhar as produções de provas durante a instrução processual penal”. O ministro autorizou a busca e apreensão de munições, armas, computadores e outros dispositivos eletrônicos em posse do general. Por ser integrante do Exército, Braga Neto ficará sob custódia do Comando Militar do Leste, localizado no Rio de Janeiro. O general é um dos 37 nomes citados pela PF por suposta tentativa de golpe após as eleições.
O documento
Segundo as investigações da Polícia Federal, “após a elaboração do planejamento operacional realizado pelo general Mário Fernandes, para prender/matar o ministro Alexandre de Moraes e, da mesma forma, os integrantes da chapa eleita Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, o núcleo de militares com formações em Forças Especiais do Exército, os denominados FE, realizaram um encontro no dia 12 de novembro de 2022, na residência do general Braga Neto, para apresentar o planejamento de ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do poder judiciário.”
O Exército
Em nota, o Centro de Comunicação do Exército afirmou que colabora com as investigações e não se manifesta “sobre os processos conduzidos por outros órgãos.” O coronel Flávio Peregrino, que foi assessor de Braga Neto, também é alvo da operação da Polícia Federal.