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Londrina que voltar a atrair grandes indústrias e tem planos pra isso

Redação
24Horas Fundo

Nos últimos anos, crises políticas e a defasagem das leis tornaram Londrina uma cidade desinteressante para o investimento industrial. A cidade, referência em produção no estado, viu sua economia encolher e perdeu várias fábricas importantes para cidades vizinhas na região metropolitana.

Atualmente, a atividade industrial representa 18,7% do PIB, segundo dados obtidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). O ideal no entanto, é que esse índice estivesse entre 20% e 30%.

A cidade é referência em Tecnologia da Informação, e possui uma gama de empresas razoáveis no setor metalmecânico, mas isso por si só não é o suficiente e a falta é pela diversificação dos setores, com atividade de indústrias farmacêuticas, de alimentos ou metalmecânica. “Não podemos pensar somente em indústrias de alta tecnologia, e sim em empresas que gerem emprego em todas as camadas da população”, disse Ary Sudan, ex-vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) em entrevista.

A escassez de indústrias em Londrina se dá não só pela defasagem das leis e pela burocracia, que espanta o empresariado, como também pela falta de infraestrutura adequada para a instalação das plantas, em localização que seja possível o escoamento da produção e o aumento no tráfego pesado.

Foto: Divulgação

Em novembro de 2018, sete indústrias deixaram Londrina e se instalaram em Ibiporã, na Região Metropolitana, que recém inaugurou seu Parque Industrial.

Mas diante desse cenário, até então desolador, Londrina estuda formas de contornar essa realidade e voltar a ter pujança para atrair as grandes indústrias. Algumas já começaram a responder, e ampliaram a expectativa da cidade.

A cidade colocou em curso a atualização da Política de Desenvolvimento Industrial, e pretende ainda este ano, iniciar as obras da Cidade Industrial de Londrina (CILO). O polo ficará localizado na Avenida Saul Elkind, que dá ligação à PR-445 – importante rodovia que conecta a cidade com a BR-376 e Curitiba. Atualmente a rodovia passa por obras de duplicação, que há anos eram esperadas. Com as obras concluídas, será um ponto a mais para a cidade fortificar seus planos industriais.

Para tirar o projeto da CILO do papel, serão investidos R$ 25 milhões. O valor foi conseguido pela Prefeitura por meio de um empréstimo do Governo do Paraná.

Uma das empresas que já anunciou investimentos no futuro Parque Industrial foi a J.Macêdo, que irá investir R$ 500 milhões para construir um complexo com moinho de trigo e duas fábricas – uma de biscoito e outra de massas – além de um centro de pesquisa e inovação sobre o trigo. A nova planta deve gerar 1,5 mil empregos diretos e 3 mil indiretos.

“O Parque Industrial já vai inaugurar com uma centena de empresas instaladas, porque já estamos trabalhando junto com as empresas que vão se instalar ali”, disse o prefeito Marcelo Belinati, animado ainda com outros anúncios de investimento.

“Recebemos recentemente o novo Centro de Distribuição [CD] da BRF Sadia, o Magazine Luíza, que também instalou seu CD em Londrina. A cidade voltou a ser atrativa, porque coisas boas estão acontecendo como obras importantes, como o viaduto da Dez de Dezembro, e as duplicações em curso.”

Londrina também caminha a passos largos com a redução da burocracia e o incentivo a empresários. A cidade diminuiu os processos necessários para que sejam abertas novas fábricas na cidade, e tem atuado firmemente na política de doação de terrenos ou isenção de impostos para investimentos que gerem empregos.

Um dos exemplos foi a Viação Garcia, que estava sendo assediada por Presidente Prudente (SP) e Maringá, para deixar Londrina e instalar sua sede nessas cidades. Antes que isso pudesse acontecer, e 1500 empregos fossem fechados, a prefeitura tratou de procurar os diretores da empresa e ofereceu uma grande área na Zona Leste para que a empresa construa sua nova sede – uma vez que o terreno atual é alugado, e será vendido à uma construtora que pretende erguer uma torre de apartamentos no local.

A oferta foi bem vinda, e a Viação Garcia deve aplicar R$ 40 milhões em investimentos, além de gerar empregos indiretos na obra, e manter os empregados diretos – e até ampliar o número de ofertas de trabalho na companhia.

“A cidade ganha com isso. O investimento na cidade é o retorno que esperamos, com a geração de emprego e uma boa renda para as famílias”, finaliza o prefeito.

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