MP abre inquérito para investigar uso de assessores em causas pessoais por vereadora de Londrina

Inquérito apura denúncia sobre suposto desvio de função no gabinete da vereadora; Anne diz que acusação parte de ex-aliados insatisfeitos

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Vereadora Anne Moraes, da ADAFoto: Arquivo pessoal

O Ministério Público do Paraná (MPPR) abriu um inquérito civil para investigar a vereadora Anne Moraes (PL), de Londrina, por suspeita de uso indevido de servidores públicos do gabinete em atividades privadas, o que pode configurar desvio de função. A apuração, conduzida pela 26ª Promotoria de Justiça, também é acompanhada pela Câmara Municipal.

A denúncia, segundo o MP, aponta que advogados comissionados do gabinete teriam atuado em processos particulares da vereadora, inclusive durante o exercício da função. Um dos servidores teria deixado o caso poucos dias após ser exonerado da Casa, o que levantou suspeitas sobre sua atuação enquanto ainda estava no cargo.

Em resposta, Anne Moraes negou as acusações e classificou a denúncia como uma retaliação política. Em nota enviada à imprensa, a vereadora afirma:

“Tal procedimento teve origem em representação apresentada por pessoas que atuaram em minha campanha e, após não obterem cargos comissionados, passaram a promover uma ofensiva política pessoal para atingir minha imagem.”

A parlamentar também destacou que todos os servidores do gabinete atuam dentro das normas regimentais e que vínculos externos, quando existentes, são independentes da função pública.

“A vereadora reitera sua confiança na atuação do Ministério Público, instituição que exerce seu papel fiscalizador com legitimidade. Todos os esclarecimentos serão prestados com total transparência, tanto no âmbito administrativo quanto judicial.”

Na Câmara Municipal, a denúncia foi analisada pela Procuradoria Legislativa e respondeu aos questionamentos do Ministério Público. O presidente Emanoel Gomes confirmou que os documentos solicitados estão sendo encaminhados. Se o caso avançar, poderá ser instaurada uma Comissão Processante, que pode culminar na cassação ou arquivamento da denúncia.

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