Mais de 700 pessoas serão investigadas por terem furado a fila da vacinação contra a Covid-19 no Paraná. Entre os investigados estão políticos, servidores públicos e jovens – nenhum integra os grupos de prioridade para a imunização.
Segundo a Controladoria Geral do Estado (CGE), foram 772 denúncias desde janeiro deste ano, quando as vacinas começaram a chegar. O órgão fez parceria com o Tribunal de Contas e o Ministério Público para atuar na fiscalização.
A controladoria fica responsável por receber e repassar as denúncias ao MP, que por sua vez analisa o caso e decide se oferece ou não a denúncia à Justiça. No Paraná, 170 dos 399 municípios registraram ao menos uma denúncia sobre esse tipo de irregularidade.
Veja quais tem o maior número de ocorrências:
- Curitiba: 136 denúncias
- Londrina: 28 denúncias
- Maringá: 27 denúncias
- Ponta Grossa: 21 denúncias
- Guarapuava: 18 denúncias
Para quem comete esse tipo de crime, pode ser condenado a suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e a obrigação de ressarcir ao erário os valores equivalentes às vacinas.
Além de consequências civis, o responsável também pode ser condenado criminalmente por peculato, corrupção ou mesmo abuso de autoridade. Caso a pessoa que cometeu o ilícito seja um civil, pode ser punido pelos crimes de furto ou mesmo roubo.