Maioria entre os eleitores, mas minoria entre os eleitos, as mulheres estão no foco dos partidos para compor as chapas que irão disputar as eleições de 2022. Desde 1997, a legislação de cotas eleitorais prevê que pelo menos 30% das candidaturas sejam destinadas a mulheres.
No Paraná, um dos partidos que sai na frente é o Podemos, que vem estruturando o Podemos Mulher em todos os municípios.
“Nos quase 90 anos desde que conquistamos o direito de sermos eleitas, as mulheres ocuparam somente 266 cadeiras na Câmara dos Deputados, por exemplo. É desproporcional. Temos que aumentar a representatividade feminina nos cargos eletivos”, afirma a presidente estadual do Podemos Mulher, Carol Arns.
Em agosto, o partido deu início à estruturação municipal do Podemos Mulher. Já foram empossadas presidentes, vice-presidentes e secretárias nas regiões de Entre Rios, municípios de Umuarama, Douradina, Pérola, Icaraíma e São Jorge do Patrocínio, e na região do Médio Paranapanema, nas cidades de Londrina, Arapongas, Cambé, Ibiporã, Jaguapitã, Prado Ferreira e Rolândia.
A previsão é que até meados de setembro, todas as regiões estejam representadas.
“Estamos fazendo uma grande mobilização de mulheres para trabalhar pautas específicas nos municípios, de acordo com a necessidade de cada um, e projetos para todo o Estado, como a criação da Procuradoria da Mulher em todas as cidades”, afirma Carol Arns.
“As direções municipais vão impulsionar esse trabalho localmente”, acrescenta.
A secretária geral do Podemos Mulher do Paraná, a londrinense Fernanda Viotto, explica como está sendo feita a estruturação. “Dividimos o Paraná em 19 regiões, cada uma já tem sua vice-presidente regional. Agora estão sendo empossadas as direções municipais, com presidentes, vice-presidentes e secretárias”, diz.
“Elas serão responsáveis por mobilizar as mulheres nos municípios e construir uma base sólida de candidaturas femininas”, completa.
Fernanda Viotto lembra que em todo o país, o Podemos Mulher realiza capacitações para preparar candidatas para disputar e ocupar cargos eletivos.
“No Paraná, os projetos vão além e incluem um mapeamento de demandas municipais e regionais, desenvolvimento de projetos de lei e de propostas de políticas públicas e execução de ações que fortaleçam a autonomia defendam os interesses da mulher”, finaliza.