STF manda prender deputado bolsonarista que divulgou vídeo com ofensas a ministros

4 min de leitura
Deputado Daniel Silveira e o presidente Bolsonaro - Foto: Divulgação / Arquivo
Divulgação: Este site contém links de afiliados. Ao clicar neles, você já ajuda a apoiar nosso trabalho, sem qualquer custo adicional para você. Cada clique faz a diferença e nos permite continuar trazendo conteúdo de qualidade! ❤️

O Supremo Tribunal Federal (STF), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, determinou a prisão em flagrante do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), após ele publicar nas suas redes um vídeo atacando todos os ministros da corte, em especial ao ministro Edson Fachin, que subiu o tom contra uma declaração de 2018 feita pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.

Moraes usou como base a lei de Segurança Nacional (7.170/1983) para pedir a prisão em flagrante do parlamentar. Daniel Silveira, que ficou conhecido por defender o AI5 (que deu início ao regime militar), foi defendido por outros deputados bolsonaristas, que classificaram a decisão do STF como “autoritária”.

Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes determinou à PF a prisão imediata de Silveira, por tratar de “ato em flagrante”. O parlamentar foi conduzido à superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

1066416 08032012 dsc8943
O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Divulgação / Arquivo

O magistrado ainda mandou que o YouTube bloqueie imediatamente o vídeo de Silveira da sua plataforma, sob multa diária de R$ 100 mil.

Daniel Silveira é investigado pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fake news. A investigação mira o financiamento e organização de atos antidemocráticos em Brasília. Em junho, o mesmo deputado foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão de Moraes.

DEPUTADOS SAEM EM DEFESA

A prisão causou polêmica na ala bolsonarista. O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) usou as redes sociais para prestar contra a prisão. No twitter, o parlamentar cobrou posicionamento da Câmara dos Deputados. Advogado, Barros afirmou que o deputado tem imunidade pelas palavras.

Além de Barros, outro deputado do Paraná reagiu contra. Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) classificou a lei de Segurança Nacional como “entulho autoritário” e divulgou uma reportagem de 2000 da Folha de S.Paulo onde esse termo é usado para descrever a legislação – que ainda provém do regime militar.

Outro deputado bolsonarista, Carlos Jordy (PSL-RJ) foi mais incisivo e chegou a chamar Alexandre de Moraes de vagabundo em um post no twitter.

O próprio Daniel Silveira publicou um tweet no momento da prisão, afirmando que a PF estava em sua casa com uma ordem de prisão expedida pelo STF.

Compartilhe
Sair da versão mobile