Uma nova “Lava Jato” pode surgir em Londrina, e começa pelos muares

Por Derick Fernandes 1 comentário 3 min de leitura
Divulgação: Este site contém links de afiliados. Ao clicar neles, você já ajuda a apoiar nosso trabalho, sem qualquer custo adicional para você. Cada clique faz a diferença e nos permite continuar trazendo conteúdo de qualidade! ❤️
Foto: Arquivo

O Ministério Público Estadual (MP-PR) remeteu para Londrina uma denúncia feita ao Ministério Público Federal (MPF) sobre um caso intrigante. A apuração corre sob segredo de Justiça, mas fontes da reportagem confirmaram que a investigação é de alto teor e envolveria pessoas importantes. As informações, por sua vez, foram confirmadas.

Ainda conforme apurado, a denúncia também usa como base um processo que tramita na Justiça de Londrina envolvendo a compra de muares, e que foi impetrado por um empresário do ramo do agronegócio.

+ Siga @24horaspr no Instagram

Documentos obtidos pela reportagem atestam que esse inquérito sobre os muares – que são animais equídeos como as mulas por exemplo – podem ter sido adquiridos com valores superfaturados por meio de instituições sem fins lucrativos e enriquecido ilicitamente – em altas cifras – os seus dirigentes, que por sua vez teriam importantes ligações religiosas e políticas no estado e no país.

+ Notícias de Política no Portal 24Horas

Os detalhes da denúncia feita ao MPF não foram revelados por estar sob sigilo. Mas a reportagem apurou que, tal como com os equídeos, os mesmos denunciados também são investigado por praticar as mesmas atividades em outros ramos além dos muares.

Documentos obtidos com exclusividade mostram conversas de WhatsApp dos investigados.

Dados financeiros e sigilosos foram ocultados nos documentos.

As conversas mostram o que seria a negociação sobre a compra e venda de muares envolvendo instituições sem fins lucrativos, em benefício particular dos envolvidos. O que chama a atenção é que os valores são negociados sempre em espécie. No primeiro caso, um dos investigados afirma que “é possível vender (um animal) por até R$ 33 mil”. No segundo caso, um dos investigados pedem para que o outro busque R$ 30 mil em espécie.

Veja:

docele.png
Investigados discutem valores sobre venda e leilões de equídeos – conversa está anexa a processo

Os detalhes investigados pelo MP podem ser apresentados como denúncia pela promotoria. Pela dimensão do caso, o potencial é para que seja de dimensões tão espantosas quanto à Lava Jato.

Compartilhe
Jornalista
Seguir:
Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
1 comentário

Acesse para Comentar.

Sair da versão mobile