
O vereador Filipe Barros (PRB) vai presidir a comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da Câmara Municipal de Londrina. A informação foi publicada pelo blog do jornalista Claudio Osti, que destacou o Barros por ser um defensor assíduo do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).
Filipe foi denunciado criminalmente em dezembro de 2016 por discriminação religiosa e racismo. A ação foi apresentada pelo promotor Paulo Cesar Vieira Tavares, da Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais de Londrina. Junto com ele, outras quatro pessoas também foram citadas no processo.

No dia 5 de setembro passado, ele havia publicado um vídeo em sua página nas redes sociais de trecho de uma peça teatral encenada pela companhia Boi Voador, da Vila Cultural Flapt, cuja narrativa apresentava uma história ligada às religiões de matriz africana. Na publicação, Filipe Barros classificou a apresentação que aconteceu em frente à prefeitura como uma “encenação de macumba para crianças”.
Na ocasião, o vereador disse que estaria aguardando a citação para apresentar sua defesa. De acordo com ele, a publicação foi fundamentada no artigo 12 do pacto de San José da Costa Rica, que trata de diversos pontos dos direitos humanos:”Eu estou tranquilo, meu Facebook é público e naquela ocasião eu escrevia embasado neste artigo, que afirma que a educação religiosa compete aos pais e não ao Estado. Esta é a minha bandeira e não se trata de uma questão moral, mas, sim, legal” disse.