O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, conforme declarou Fernando Haddad em evento no Palácio do Planalto, na última quarta-feira (28).
Galípolo é o atual diretor de política monetária do Banco Central e deverá suceder Roberto Campos Neto na presidência da autarquia. Ele poderá ficar à frente do comando do BC por quatro anos, com a possibilidade de ter seu mandato prorrogado por igual período, conforme previsto na legislação.
Gabriel Galípolo é economista e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo, onde lecionou de 2006 a 2012 na graduação. É pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e também lecionou no MBA de PPPs e Concessões da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
O economista mantém uma sólida relação com o Partido dos Trabalhadores, tendo assumido o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda no terceiro mandato de Lula, oportunidade em que foi indicado por Haddad à cadeira no Copom.
A nomeação de Galípolo não surpreendeu a classe política e o setor financeiro. Durante os recentes embates entre Lula e o Banco Central, motivados pela alta da Selic, o presidente aventava o nome de Galípolo em suas declarações sobre a sucessão de Campos Neto.
A cada quatro anos, o presidente da República indica uma personalidade ao posto de presidente do Banco Central. Após a indicação, ela é avaliada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, e a nomeação deve ser aprovada pelos senadores.
O próximo passo após a indicação de Galípolo é a confirmação de seu nome pelo Senado Federal. Sua sabatina deve acontecer na semana do dia 9 de setembro.