Nova Zelândia, aprovou na quarta-feira (24), lei que garante as mães uma licença remunerada em caso de abortamento espontâneo ou parto de natimorto, a lei se aplica também aos parceiros das mulheres.
Em texto da Lei, que segue para sanção real, as trabalhadoras ficarão sob custódia da licença-paga de três dias após a perda do bebê. A lei que fora aprovada por unanimidade no Parlamento, sem qualquer divergência, recebeu elogios dos legisladores, quanto a importância ao conteúdo retratado.
Ginny Andersen, a parlamentar trabalhista que apresentou o projeto, sensibiliza em discurso:
“Só posso esperar que, embora possamos ser um dos primeiros, não sejamos um dos últimos, e que outros países também comecem a legislar por um sistema de licença compassivo e justo, que reconheça a dor e a tristeza que advêm do aborto espontâneo e do natimorto”, disse ela no Parlamento durante a leitura final do projeto de lei.
Segundo a parlamentar uma em cada quatro mulheres já sofreram um aborto natural na Nova Zelândia. O país é o segundo a propor tal benefício a população, ficando atrás apenas da Índia que permite em lei, seis semanas de licença após um aborto espontâneo.
A licença é permitida também aos pais que têm planos em adotar uma criança ou ter um filho por barriga de aluguel.
“A aprovação deste projeto mostra que a Nova Zelândia lidera o caminho para uma legislação progressista” finaliza Ginny Andersen.
Histórico da Nova Zelândia
- Foi o primeiro país autônomo a democratizar o direito de voto para mulheres, em 1893.
- O Partido Trabalhista, de Jacinda Ardern, é visto como uma das maiores defensoras dos direitos das mulheres e demais pautas.
- No ano passado, o país aprovou descriminalização do aborto.
Sob supervisão do jornalista Derick Fernandes.