O corpo do Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, que faleceu aos 89 anos no sábado (26), foi sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana de Londrina, às 12h desta segunda-feira (28). Dom Geraldo deixou um legado de liderança religiosa e ações sociais ao longo de sua vida.
Na mesma cripta já repousam o primeiro bispo e arcebispo, Dom Geraldo Fernandes Bijos, e o terceiro arcebispo, Dom Albano Botoleto Cavalin.
Dom Geraldo, nascido em 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, Minas Gerais, foi ordenado padre em 1957. Durante seu tempo à frente da Arquidiocese de Londrina por oito anos e meio, entre 1983 e 1991, ele participou ativamente da construção da torre da catedral, onde os sinos foram instalados.
Uma das realizações mais notáveis de sua trajetória foi a fundação da Pastoral da Criança, em parceria com Zilda Arns. O projeto teve início em Florestópolis, no norte pioneiro do Paraná, e expandiu-se para diversos países, visando combater a alta taxa de mortalidade infantil.
Dom Geraldo também deixou sua marca no cenário internacional. Após ser chamado a Roma para trabalhar no Vaticano ao lado do Papa João Paulo II, ele participou de momentos cruciais da Igreja Católica, incluindo dois conclaves que resultaram na eleição dos Papas Bento XVI e Francisco.
Sua renúncia ao cargo de Arcebispo da Arquidiocese de Salvador, na Bahia, ocorreu em 2011, após a qual retornou a Londrina, onde permaneceu até seus últimos dias.
Seu legado se estende por décadas de dedicação à fé e ao serviço social, sendo uma figura notável tanto na Igreja quanto na comunidade.
A missa de exéquias do Cardeal reuniu bispos, religiosos e a comunidade na Catedral Metropolitana às 10h, em um momento de despedida e reflexão sobre a trajetória de Dom Geraldo Majella Agnelo.
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