Jovem londrinense de 20 anos é aprovada em três universidades na Europa

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes 7 min de leitura
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Luiza (primeira da direita) e os pais quando souberam que ela havia sido aprovada nas universidades europeias - Foto: Arquivo pessoal

A família de Luíza Antunes da Silva está orgulhosa. A jovem estudante londrinense, aos 20 anos, já foi aprovada para estudar em três universidades da Europa. A história de Luiza começa no Colégio Portinari, escola que oferece educação cristã e é muito conceituada na cidade.

Aos 09 anos de idade, Luiza manifestou os primeiros passos no caminho do saber – ela pediu aos seus pais, Ronaldo Antunes da Silva e Lirian da Silva para ser matriculada em um curso de inglês. O objetivo de Luiza era aprender o idioma e ficar mais perto de realizar seu sonho: morar no exterior.

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Luiza com sua mãe mexicana de intercâmbio com 17 anos – Foto: Arquivo pessoal

Eu e o pai dela tivemos que colocá-la em curso de inglês porque ela pedia muito, dizia que moraria fora um dia. Os professores dela desde pequena sempre falavam que ela amava conversar com as pessoas e tentar resolver problema dos seus amiguinhos – conta a mãe. 

Ao longo do tempo, Luiza foi se aprofundando nos estudos e seus professores passaram a perceber que ela tinha talento para aprender novos idiomas, além de se adaptar facilmente a novos lugares e pessoas.

Aos 14 anos, a estudante já buscava uma oportunidade para fazer intercâmbio, até que ao entrar o ensino médio, contou aos seus pais que queria se tornar diplomata e representar o país.

“Ela nos pediu tanto, que nos desdobramos para conseguir enviá-la para um intercâmbio no Canadá. Depois disso ela nunca mais parou. Foi atrás de várias oportunidades e conseguiu intercâmbios em outros países, como México, Alemanha, Bélgica e Dinamarca”

Já com 17 anos, Luiza já era fluente em inglês e espanhol e ainda arranhava o alemão. A mãe conta que por várias vezes, ao entrar no quarto da filha, ela estava em chamada de vídeo com entidades como o Rotary Internacional ou com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Ela não tinha nem 18 anos, mas as pessoas ouviam sua opinião. Ela discursava com propriedade sobre assuntos muito específicos. Luiza também fez amigos em vários lugares do mundo, e com 17 anos ela pediu para que aceitássemos em casa um intercambista voluntário, o Benny, da Papua Nova Guiné. Ele chegou aqui e se tornou um membro da família. Ela queria ajudar a realizar o sonho de tudo mundo”

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Luiza com seu irmão Benny recebendo no aeroporto de Londrina para fazer intercâmbio em casa – Foto: Arquivo pessoal

Em 2019, logo após concluir o ensino médio, a jovem foi aprovada no curso de economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde seus pais também são formados. Lirian conta que o pai de Luiza, formado em economia pela universidade, sempre foi uma figura de exemplo para a filha.

“A vida era diferente. Tínhamos que trabalhar o dia inteiro pra podermos ir estudar a noite. Nós queríamos que ela tivesse oportunidades melhores que as nossas e ela sempre nos disse que recompensaria todo o nosso esforço. Ela sempre teve consciência do privilégio que ela estava tendo para poder focar nos estudos.”

Um dos professores universitários da jovem, a indicou para um projeto de diplomatas promovido pelo governo do Japão. Com a indicação, Luiza foi chamada para uma entrevista no consulado japonês em Curitiba. Quando voltou, a estudante contou aos pais que queria estudar na França, ou em Luxemburgo, porque lá a diplomacia era forte. Motivada, a jovem foi atrás das universidades e verificou o que era preciso para se matricular.

“Ela nos pediu para estudar francês e em um ano aprendeu para fazer a prova de proficiência nas universidades. A professora dela disse que seria difícil conseguir, mas acabou impressionada com a velocidade e facilidade com que Luiza tinha em aprender”.

Como resultado do esforço, a estudante foi convidada a estudar em Luxemburgo, sendo aprovada na melhor universidade pública do país em Direito e em Economia. Ela também foi aprovada em duas universidades na França, uma delas é a Universidade de Lille considerada a segunda melhor instituição francesa. Por lá ela foi habilitada para estudar Direito e Administração Econômica e Social.

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Família da Luiza com ela no aeroporto se despedindo quando ela viajava para um intercâmbio – Foto: Arquivo pessoal

“Ela mesmo não acreditava, mas no fundo sabíamos que ela conseguiria. Ela é muito persistente e muito curiosa. É difícil fazer e ir atrás de tudo tão nova e tão longe de lá.”

Já adulta, Luiza agora pode escolher onde quer estudar, após anos de empenho e preparação. A jovem é apaixonada pelo curso de economia da UEL, e contou à família que só trocaria a instituição londrinense caso fosse aprovada em uma dessas duas universidades.

Na opinião da mãe, a filha está mais perto de decidir ir para a França, porque lá teria a oportunidade de trabalhar na ONU além de chances de ingressar em estágios.

“Quando ela soube da aprovação ela chorou muito. Luiza estudava de 3 a 4 horas por dia para poder ser aprovada. Foram anos de dedicação.” finaliza a mãe, que não esconde a felicidade pela conquista do sonho da filha. Lirian vê a jovem como um exemplo a muitos outros, de quanto vale a pena dedicar-se aos seus objetivos.

“Mesmo ela podendo escolher, ela não deixa de ouvir a opinião do pai. Ela se inspira muito nele e sua opinião é muito valiosa”, conclui.

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