Nessa última quarta-feira (19), foi apresentada, em reunião com os vereadores de Londrina, uma nota técnica que avaliava o número de casos de coronavírus em dez cidades paranaenses. O município londrinense é uma das cidades com situação mais crítica, podendo ter um novo pico de Covid-19 a partir de junho, aponta o estudo.
O estudo foi feito por diversos estudiosos de instituições variadas, como da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e alguns outros institutos.
Na pesquisa realizada por essas instituições, foi apontado que Londrina, município no norte do Paraná, pode ter um aumento exorbitante de casos de Covid-19 até o mês de junho. Todo o estudo foi pautado em fatores como dados epidemiológicos, percentual de vacinações contra o coronavírus, além da mobilidade urbana da população até o mês de abril nas dez cidades estudadas (Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Guarapuava, Toledo, União da Vitória e Francisco Beltrão).
Além disso, a Vereadora Lenir de Assis (PT) abordou, em reunião, um assunto muito relevante. Diante os dados “desfavoráveis”, é necessário repensar se as aulas presenciais, das escolas estaduais, realmente devem ser retomadas. Era previsto que as aulas presenciais, em todo o Paraná, voltassem a ocorrer a partir dessa segunda-feira (24). Assim, mais de 40 mil alunos frequentariam às instituições.
Além disso, a profissional ressalta que o estudo será enviado para o município de Londrina e para o governo do Paraná. A pesquisa feita pelas universidades aponta que a retomada das aulas pode ser considerada segura somente quando 70% da população for vacinada contra o vírus.
O coordenador do estudo, Lucas Ferrante, biólogo e pesquisador, reforça que, com a situação critica de Londrina, o município pode chegar até 15 a 20 mortes diárias nos meses de maio e junho caso nenhuma medida restritiva for aplicada.
