O pré-candidato do PSDB ao Governo do Paraná, Cesar Silvestri Filho, disse em entrevista à CATVE de Cascavel que o estado não está preocupado com soluções eficazes para tornar, de fato, a tarifa do pedágio no Paraná mais barata, a exemplo do que ocorre em Santa Catarina e São Paulo.
O ex-deputado e ex-prefeito de Guarapuava tem se posicionado fortemente contra as diretrizes adotadas pelo governador Ratinho Junior (PSD) em relação os novos contratos de concessão das rodovias, que, pela análise de Silvestri não solucionará o problema maior das tarifas exorbitantes.
Cesar Silvestri argumenta que a conta vai sobrar para os menores municípios do estado, que com a criação 15 novas praças de pedágio, terão suas economias sufocadas e expulsarão investimentos devido aos entraves logísticos, uma vez que as rodovias paranaenses apresentam péssimas condições e não são duplicadas em sua maioria, exceto em pequenos trechos que ligam as maiores cidades.
Já é público que o governo do Paraná não vai conseguir garantir tarifa menor aos valores que já eram praticados nas antigas concessões. Pelo contrário, o custo aumentou e a expectativa é que as novas pedageiras assumam as praças com valores ainda maiores, e agora, com novos locais de cobrança.
Isso é impulsionado pela inflação e pelo cenário econômico do Brasil. Uma normativa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) define a necessidade do reajuste, e aumenta o preço pago pelos motoristas antes mesmo das novas empresas, que ainda não foram definidas, iniciarem o contrato.
FUNDO ESTADUAL
Na entrevista, Cesar Silvestri apresentou uma alternativa para a discussão e propôs a criação de um fundo estadual para compensar a alta nas tarifas de pedágio. A ideia de Silvestri é que as regiões, por meio de suas associações representativas, contribuam com esse fundo e dessa forma equalizem a tarifa do pedágio no estado, de forma que não haja discrepância entre o preço cobrado em Curitiba e em Jacarezinho por exemplo.
A intenção seria uma medida para mitigar os aumentos, até que a situação econômica do país esteja estabilizada, e dessa forma garantir preço justo nas regiões mais pobres e nas mais ricas do Paraná.
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