DIÁRIO 24H
PONTA GROSSA
Iniciou hoje, terça-feira (14) o júri popular de Paulo Leandro Spinardi, acusado de matar a estudante Cíntia de Souza em janeiro de 2015. A Justiça não tem previsão de conclusão do julgamento e o réu já se encontra no Fórum da cidade desde 9h da manhã- a sentença deve ser pronunciada após apresentações da defesa e acusação.
O réu é acusado de homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público do Paraná. Para a acusação, ele empurrou Cíntia, que na época era sua ex-namorada, de um penhasco no Rio São Jorge, em Ponta Grossa. O crime é visto como passional, realizado de maneira cruel e com poucas chances de defesa por parte da vítima. Spinardi também é acusado de fraude processual e ocultação de cadáver.
Conforme Fernando Madureira, advogado assistente de acusação existem provas contundentes que afirmar a autoria do crime, como os laudos periciais e depoimentos anexados ao inquérito policial. “(Spinardi) é um assassino dissimulado, que mentiu várias vezes no decorrer do processo, começando quando foi ouvido perante a autoridade policial, momento em que negou a autoria do crime”, explica. “Esta versão foi desmentida pela mãe de Spinardi, que declarou na Delegacia que seu filho tinha lhe confessado que ‘ele teria empurrado Cíntia de um barranco e ela acabou caindo, numa das valas” diz Madureira.
A defesa do indiciado afirma que não existem provas suficientes para condenação de Spinardi e espera sua absolvição. O discurso do advogado de defesa segue a linha de morte acidental. Para o advogado Renato Tauille, os dois tiveram uma discussão próximo à fenda do Rio São Jorge e Cíntia acabou escorregando ao tentar empurrar seu ex-namorado. “A versão do Paulo é que eles tiveram uma discussão na fenda. Ela veio para cima dele e, quando ele foi se esquivar, ela caiu”, afirma. “O laudo da criminalística foi inconclusivo, apontando que a queda pode ter sido resultante de uma força empregada por terceira pessoa ou pela própria vítima”, comenta.
CRIME
No dia 14 de janeiro de 2015, Cíntia de Souza saiu de casa e não voltou mais. Após denúncia da família por desaparecimento, houveram buscas no Rio São Jorge realizadas pela Polícia Civil que identificaram o corpo da jovem estudante sete dias após sua ausência.